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Em nota divulgada à imprensa, PMDB faz vista grossa às acusações de Jarbas Vanconcelos

O PMDB minimizou, em nota divulgada nesta segunda-feira, as declarações do senador Jarbas Vanconcelos (PMDB-PE) à revista Veja, em que acusa a legenda, que ajudou a fundar há 43 anos, de ter se especializado em corrupção. De acordo com o PMDB, o senador não cita nenhum caso concreto e “lança a pecha de corrupção a todo sistema partidário”. O partido classificou as declarações como um desabafo, “ao qual a Executiva não dará maior relevo”.

“A Comissão Executiva Nacional do PMDB declara que não dará maior atenção a ela em razão da generalidade das alegações. Não aponta nenhum fato concreto que fundamente suas declarações. Ademais, lança a pecha de corrupção a todo sistema partidário quando diz “a corrupção está impregnada em todos os partidos”, diz um trecho da nota.

Caciques do PMDB preferem calar diante dos ataques

Enquanto isso, caciques do partido – como Michel Temer (SP), presidente da sigla e da Câmara; José Sarney (AP), presidente do Senado; e o senador Renan Calheiros (AL), líder – que deveriam se defender ou contestar as declarações, preferiram ficar em silêncio.

Já os peemedebistas que reagiram desqualificaram o acusador, considerando-o desagregador, e usaram o discurso de que cabe ao incomodado se mudar. Mas, por enquanto, ainda não se fala abertamente em expulsão de Jarbas.

Na entrevista, o senador pernambucano disse que o PMDB só quer cargos para “fazer negócios, ganhar comissões” e destacou que “a maioria dos peemedebistas se especializou nessas coisas pelas quais os governos são denunciados: manipulação de licitações, contratações dirigidas, corrupção em geral”. Para ele, “a corrupção está impregnada em todos os partidos” e “boa parte do PMDB quer mesmo é corrupção”.

Jarbas cita nominalmente Renan e Sarney. Sobre o primeiro, é contundente: “Ele não tem nenhuma condição moral ou política para ser senador, quanto mais para liderar qualquer partido”. Do segundo, afirmou ter havido um “retrocesso” em sua eleição para presidir o Senado. “Não li a entrevista e não vou comentar”, limitou-se a dizer Renan ao GLOBO.

Sarney, de quem Renan foi um dos principais cabos eleitorais, mandou dizer que não falaria do assunto. Temer não retornou a pedidos de entrevista. O GLOBO deixou recados em seu celular e no de seu assessor, mas não teve resposta. O mesmo se deu com o líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), e o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (BA).

 

 

Agência O Globo

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