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Eleição na Câmara é adiantada em 2 horas; Aldo diz que é manobra para beneficiar Temer

O deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), candidato à presidência da Câmara, acusou neste domingo os aliados do deputado Michel Temer (PMDB-SP) de comandarem uma dupla manobra para garantir a vitória do peemedebista nas eleições para o comando da Casa, marcadas para amanhã. Uma das supostas manobras, segundo Aldo, foi a decisão dos líderes partidários da Câmara de antecipar em duas horas o horário das eleições para a presidência da Casa. A outra manobra dos líderes, de acordo com o candidato, foi aprovar supostas alterações na quantidade de votos necessários para o novo presidente da Casa ser eleito.  

O deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), candidato à presidência da Câmara, acusou neste domingo os aliados do deputado Michel Temer (PMDB-SP) de comandarem uma dupla manobra para garantir a vitória do peemedebista nas eleições para o comando da Casa, marcadas para amanhã. Uma das supostas manobras, segundo Aldo, foi a decisão dos líderes partidários da Câmara de antecipar em duas horas o horário das eleições para a presidência da Casa. A outra manobra dos líderes, de acordo com o candidato, foi aprovar supostas alterações na quantidade de votos necessários para o novo presidente da Casa ser eleito.

Inicialmente, as eleições na Câmara estavam marcadas para começar às 12h. Durante reunião de líderes neste domingo, porém, os partidos decidiram que a disputa deve começar às 10h –com o argumento de que essa é a determinação do regimento da Casa.

Aldo, no entanto, afirma que os aliados de Temer decidiram marcar as eleições para o mesmo horário da disputa no Senado porque temem que o resultado da outra Casa Legislativa prejudique o candidato peemedebista. “Isso é um medo do PMDB não ter um resultado favorável. Ao tentar antecipar a sessão sem uma razão nova para tanto, só pode ser receio e medo da eleição”, disse Aldo.

O deputado argumenta que uma eventual vitória do senador José Sarney (PMDB-AP) pode prejudicar a eleição de Temer porque muitos parlamentares são contrários ao duplo comando do PMDB na Câmara e no Senado.

Aldo ainda sustenta que, além da mudança do horário, os líderes fizeram outra manobra para prejudicá-lo na disputa: decidiram que o presidente da Casa será eleito com a maioria absoluta dos votos entre os presentes, e não a maioria absoluta da Câmara.

“Boa parte dos líderes só chega amanhã, a não ser que queiram realizar uma sessão com quorum muito baixo. Foi uma manobra substituir a maioria absoluta pela simples. A segunda manobra é antecipar o horário das eleições”, afirmou.

Com a maioria absoluta da Casa, o novo presidente teria que receber pelo menos 257 votos favoráveis para ser eleito. Na maioria simples, o parlamentar pode ser eleito com a maioria dos votos entre os presentes –mesmo que seja inferior a 257 deputados.

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), rebate que tenha ocorrido qualquer manobra para beneficiar Temer. Segundo o petista, o regimento da Casa é claro ao prever que o candidato deve ser eleito com a maioria simples dos votos. ‘Não paira dúvidas no regimento de que o deputado que obtiver a maioria absoluta dos votos dentro o total de votantes deve ser eleito’, afirmou.

Constrangimento

Aldo reclamou publicamente das supostas manobras para o presidente da Câmara, que concedia entrevista coletiva após a reunião de líderes. Na frente das câmeras, o candidato acusou Chinaglia e os líderes partidários das manobras que teriam como objetivo prejudicar a sua candidatura e do deputado Ciro Nogueira (PP-PI).

O deputado Maurício Rands (PT-PE), líder do PT na Câmara, estava ao lado de Chinaglia no momento da reclamação de Aldo. O petista rebateu os argumentos do candidato ao afirmar que as decisões da reunião de líderes seguiram estritamente o regimento interno da Casa.

“O regimento estabelece que, atingido o quorum mínimo de deputados, a votação deve ter início. Além disso, a nossa estimativa é que as eleições vão acabar começando em torno das 12 horas, mais ou menos no mesmo tempo previsto anteriormente. O blocão [de apoio a Temer] não está com medo das outras candidaturas, tem profundo respeito pelos outros candidatos”, afirmou.

Folha

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