A Paraíba o tempo todo  |

É culpa do eleitor

    Os paraibanos não confiam nos políticos. Alguma novidade nisso? Nem os políticos confiam neles mesmos.

    Mesmo antes do resultado da pesquisa do PB Agora ser revelado, eu poderia jurar que o resultado seria esse. Aliás, achei que seria pior. Com tanta gente tirando a máscara, bem que a rejeição poderia superar os 90%. Mas não. “Apenas” 82,6% consideram os políticos pouco confiáveis.

    Quem estaria errado? A política ou o eleitor?

    Não há dúvidas de que a política precisa ser re-re-re-repensada (quantas vezes isso já não aconteceu?), mas quem precisa de uma profunda reciclagem é mesmo o eleitor. Ele é o maior culpado de tudo.

    Ultimamente as denúncias na grande imprensa sobre os políticos brasileiros têm se multiplicado, revelando uma chaga que muitos já desconfiavam existir, só não sabiam detalhes da podridão. Em cada Estado, explodem denúncias.

    Motivos há muitos para que o eleitor não confie nos políticos. Eles mentem e prometem demais durante a campanha, conforme bem salientou o cientista político Lúcio Flávio, da UFPB. Além disso, mudam de lado sem a menor cerimônia, são infiéis aos seus partidos, dizem uma coisa e fazem outra, ficam em cima do muro, pegam dinheiro do contribuinte, estão mais preocupados com programas tipo bolsa-sei-lá-o-quê, para conquistar eleitores fiéis em tempo recorde, do que em promover planos de desenvolvimento de médio e longo prazos. Preferem as cotas nas universidades do que os investimentos no ensino fundamental. Dão prioridade a monumentos construídos em tempo recorde, quando poderiam levar mais qualidade de vida às populações sem pavimentação, com ônibus longe de suas casas e excluídos de outros serviços básicos. É o estilo pá-pum, instantâneo, tipo vamos-fazer-agora-e-o-futuro-que-se-exploda.

    A rejeição aos políticos não é uma novidade. O alto índice é que pode ser preocupante. As decepções do eleitor são sinais claros de que os políticos paraibanos precisam mudar, enganar menos, trabalhar mais.

    Mas por que, mesmo com toda essa rejeição, os eleitores continuam a votar em quem, em tese, não deveriam? Por que não acertam no voto? Por que nada muda?

    Na minha opinião, os eleitores é que devem mudar primeiro. Precisam acompanhar mais o trabalho dos eleitos, botar na balança suas virtudes e defeitos, cobrar posições, protestar, aplaudir, inclusive. E, principalmente, cobrar de si mesmos mais responsabilidade na hora do voto.

    Tudo bem, alguém vai dizer que foi iludido, enganado… que antes o político X era mais pra esquerda, mas deu meia-volta e se perdeu no caminho… que pensou que algo fosse melhorar com Y, mas percebeu que até era feliz (ou menos infeliz) e não sabia… É, acontecem essas coisas, mesmo.

    O eleitor nunca está feliz. E isso porque vota mal. Reclama muito e, assim como os políticos, prometem mudar e pouco fazem. O eleitor, com a globalização, não tem mais motivos pra ser tão ingênuo. Ele tem muito mais acesso a informações, mas falta-lhe memória para produzir uma seleção mais rígida dos seus representantes; colaboram com a corrupção que tanto abominam, a partir do momento em que considera normais certos comportamentos no mínimo excêntricos de alguns políticos.

    É, hoje estou meio azeda mesmo. Se há tantos políticos não-confiáveis, a culpa é principalmente do eleitor.

 

    TIM: uma droga

 

    Desde ontem à noite tento bloquear meu celular, que perdi. Não consigo. Só hoje (são 8h11) já registrei cinco números de protocolo. Eles começam com os dígitos 2009102 e modificam a partir daí (611382, 613641, 614426, 615214 e 618266)). Registrei, mas ninguém me atende. A essa altura, quem achou meu celular pós-pago deve ter ligado até para a Cochinchina. E eu não tenho um documento em mãos provando que eu estou tentando bloqueá-lo.

    Eu respeitava muito a Tim. Nunca quis mudar de operadora. Está na hora de rever meus conceitos. A Tim não presta.
 


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