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Documento do PT elege RC como nova referência para 2010 e diz que Maranhão III seria igual a governo Cássio

Apesar de compor aliança com PMDB em 2006, corrente do Partido dos Trabalhadores na Paraíba não acredita no sucesso de um eventual governo Maranhão III. Em documento apresentado no último sábado durante encontro estadual, a ala Construindo Um Novo Brasil declarou que, se assumisse o governo, o senador José Maranhão não faria uma administração diferente da atual.

No documento, a corrente ligada ao deputado Luiz Couto, atual presidente da legenda no Estado, é clara: o prefeito Ricardo Coutinho é a nova referência política da Paraíba. “A gestão que o PSB e a aliança governista, tendo à frente o Prefeito Ricardo Coutinho, vem desenvolvendo em nossa Capital já é uma forte referência de administração proba e comprometida com demandas democrático-populares. Mais: tem muita identidade com o projeto político do PT, inclusive no tocante ao projeto nacional. Entendemos ainda, fossemos nós os titulares do governo, não nos distinguiríamos muito da atual gestão”, diz o documento.

Segundo ele, o PT precisa apresentar uma nova proposta para a Paraíba, que fuja dessa disputa política entre cassistas e maranhistas. “Isso não significa que devemos romper com as oposições! Não é isso! Devemos manter a luta pela conquista do governo, mas com identidade. Devemos ter nossa própria agenda. Nossos mandatos por exemplo devem ter uma ação pró-ativa no processo político”.


PB Agora

 


Para fortalecer o PT.

Há que se pautar alguns temas essenciais, norteadores que são da agenda que deveremos enfrentar ao longo desse ano de 2009, preparando-nos para 2010.

Ao realizar agora, nesse 14 de fevereiro, nosso seminário estadual, estamos antecipando para alguns dias a orientação da Coordenação Nacional “Construindo um Novo Brasil”, sugerindo que os seminários regionais devam ocorrer durante o mês de março, e que debatam, além de temas regionais, conjuntura nacional, projetos para 2010, além da organização da corrente para enfrentar a disputa do PED.

O Quadro Internacional.

Em meio às eleições de 2008, começou a manifestar-se a fase mais aguda da crise financeira global. Apesar de começar bem localizada no mercado imobiliário americano, alastrou-se rapidamente, contaminando os mercados do mundo. Seus efeitos repercutem mundialmente em toda a economia real.

Como desdobramento, os Estados Unidos e a Europa entram em forte recessão econômica, provocando conseqüências negativas para as economias dos países emergentes.

É, sem dúvida, a crise financeira e econômica mais importante desde 1929, com efeitos desastrosos para todos os países do mundo. Seus efeitos, inclusive, interrompem um período de forte crescimento do nosso país, que, só para exemplificar, no terceiro trimestre de 2008, obteve um crescimento do PIB na ordem de 6,8%.

O governo federal (o nosso governo), que já vinha demonstrando competência administrativa e política, colocando a economia em forte expansão, incluindo milhões de brasileiros na economia real, e construindo uma potente base social e política, soube enfrentar adequadamente e tempestivamente as demandas que a situação exigia e exige.

A liderança e a autoridade do Presidente Lula têm sido fundamentais para consolidar um ambiente político que possibilita um conjunto de medidas e providências eficientes, no sentido de controlar e combater os efeitos da crise no país.

Um leque amplo de medidas e providências vem sendo adotado:
• leilões de dólares para segurar a alta do dólar e manter o valor do real;
• criar condições para manter a oferta de crédito;
• adoção de mecanismos tributários para viabilizar a produção e os investimentos;
• mobilizar recursos através do BNDES do Banco do Brasil para incentivar as atividades econômicas;
• acelerar e potencializar os recursos e ações do PAC.

 

 

Enfim, garantir que a economia real possa dispor de crédito e investimentos para manter a produção, com a demanda relativamente aquecida, preservando os empregos e assegurando um crescimento do PIB na ordem de 3%.

Tem sido fundamental o prestígio do presidente Lula, que, do alto dos seus incríveis 84% de aprovação pessoal, confere legitimidade e respeitabilidade às ações do governo. Assim, conclui-se que o governo tem sido bem sucedido e tem enfrentado a crise com toda energia, unidade e competência possível.

Um Cenário para 2010.

Para além desse momento, é necessário imaginar e compreender os desafios que estão postos com vistas aos próximos meses. Como enfrentar as eleições de 2010? Qual o cenário que viverá o país em razão do desdobramento da crise e da disputa para as eleições presidenciais; governos de estado; senado e câmara federal?

Urge, portanto, tendo como base essa realidade, refletir e decidir sobre os objetivos do PT.

Nosso objetivo primeiro será o de assegurar o PT à frente do governo federal. Para tanto, construir a unidade do PT na escolha do nome que sucederá Lula, será fundamental.

Será uma nova experiência. Eleição para presidência, sem Lula como candidato. Todavia, parece ser consistente a evolução no partido para definir a ministra Dilma Russef como a melhor opção para vencer as eleições e continuar as ações e obras que transformam para melhor o nosso país!

Importante será acompanhar, atentamente, os rumos da atual composição de forças que sustenta o governo federal: certamente deveremos nos esforçar para construir uma articulação política que estimule a manutenção dessa aliança.

Consolidar o chamado bloco-democratico e popular– PT, PCdoB, PSB, PDT – parece ser o primeiro passo dessa caminhada, buscando garantir a manutenção do rumo bem sucedido da política implementada pelo atual governo, abrindo perspectivas para sua manutenção no futuro governo.

Quanto ao PMDB, mesmo considerando um cenário incerto quanto às alternativas políticas de alianças e/ou candidaturas dessa agremiação é importante atuar no sentido de manter como aliado esse importante Partido, que agora comanda as duas casas legislativas do país.

A Paraíba e a necessidade de uma renovação política.

Já no nosso Estado, é importante observar alguns aspectos que se constituem relevantes para definir a política a ser implementada pelo nosso Partido.

Nas últimas eleições, elegemos 06 prefeitos(as), 11 vice-prefeitos(as), 86 vereadores(as), distribuídos em 64 municípios. Em cerca de 35 cidades, apesar de não ter eleito vereadores(as), prefeitos(as)/vices, estávamos nas alianças e participamos dos governos eleitos.

Esses dados são vitais para compormos o quadro da nossa base política, particularmente quanto aos municípios, e estabelecer parâmetros para fundamentarem nossas possibilidades e perspectivas.

Como desdobramento desses parâmetros é importante refletir que a intervenção do PT é fundamental nesses municípios para a execução de políticas publicas êxitosas, principalmente as vinculadas ao governo LULA.

 

Nas últimas eleições (2006), estivemos aliados ao PMDB/PSB/PCdoB, etc., inclusive indicando Luciano Cartaxo como Vice na chapa encabeçada por José Maranhão.

Os controvertidos resultados permitiram que Cássio Cunha Lima se mantivesse até a presente data no exercício do cargo de Governador do Estado, em que pese a sentença de sua cassação pelo TRE, reafirmada pelo TSE, porém ainda dependendo de recursos e decisões judiciais.

A despeito de toda essa situação, é relevante considerar que mais de 02 anos se passaram e a conjuntura política do Estado vem se alterando.

Uma das questões que deve ser considerada é que, apesar da intensa disputa entre dois blocos políticos do Estado, está surgindo uma alternativa significativamente mais qualificada e identificada com os projetos e perspectivas do nosso partido, e, portanto, do nosso projeto político. Ou seja, a conjuntura de 2006 está superada, e não podemos nos limitar às alternativas presentes naquele contexto!

Mais ainda, não podemos limitar nossas ações à iniciativas que não avancem na construção de um projeto alternativo e renovador. Por exemplo, a “Caravana da Reconstrução” (em não tendo esse caráter), não é uma ação positiva e suficiente, pois parece estar descolada de um projeto de desenvolvimento para o Estado, sendo então um exemplo de ação equivocada e que não possibilita o avanço da nossa política. È necessário destarte, que ao tomarmos certas iniciativas e/ou compartilharmos-as com outras forças, tenhamos em perspectiva nosso horizonte político de renovação de governo e da construção de uma nova política de desenvolvimento para a Paraíba.

Isso não significa que devemos romper com as oposições! Não é isso! Devemos manter a luta pela conquista do governo, mas com identidade. Devemos ter nossa própria agenda. Nossos mandatos por exemplo devem ter uma ação pró-ativa no processo político.

Nosso posicionamento deve considerar que há outra referência política, mesmo no interior das oposições. Não há porque nos limitarmos às condições daquele contexto !

A gestão que o PSB e a aliança governista, tendo à frente o Prefeito Ricardo Coutinho, vem desenvolvendo em nossa Capital já é uma forte referência de administração proba e comprometida com demandas democrático-populares. Mais: tem muita identidade com o projeto político do PT, inclusive no tocante ao projeto nacional. Entendemos ainda, fossemos nós os titulares do governo, não nos distinguiríamos muito da atual gestão.

Já agora, nas eleições de 2008, integramos a aliança que reelegeu o governo da Capital, e claro que o apoiamos e integramos.

Há em curso uma movimentação e expectativa importante de que esta venha a ser a melhor alternativa para a Paraíba, para o PT e para a Esquerda.

Construir esta alternativa, consolidando o espaço imprescindível para o PT na chapa majoritária, priorizando a candidatura de Luiz Couto para o senado, é a melhor alternativa política para o PT ! Certamente, claro, esse processo deverá resultar de um amplo dialogo interno no conjunto do partido.

Provavelmente, haverá dificuldades e problemas, porém esse é o cenário que pode colocar o PT como forte protagonista do processo eleitoral de 2010, com uma real perspectiva de crescimento.

É imprescindível ter como orientação a ser construída, compatibilizar a constituição dessa chapa com nossa política nacional. Ou seja, garantir o palanque para que a nossa candidatura à Presidência da Republica, seja compartilhada com a chapa Estadual, conforme entendimento expresso na primeira parte desse texto.

Esse quadro, realmente, haverá de ser potencializador da nossa competitividade para as disputas da Câmara Federal e Assembléia Legislativa, abrindo possibilidade de uma ampliação das nossas bancadas, assim, devemos atuar fortemente no sentido de incentivar várias candidaturas no âmbito Estadual e Federal, a fim de somar um coeficiente eleitoral possibilitando a eleição de companheiros Petistas.

A evidência que a política expressa nesse documento é correta e fecunda, vem sendo demonstrado através de manifestações publicas do PSB, particularmente, nas declarações públicas do Prefeito Ricardo Coutinho, além, das inúmeras referencias e/ou registros na imprensa falada, virtual e escrita, pautando essa política na agenda Estadual. Registre-se, como destaque especial, a cobertura sobre a audiência com o Presidente LULA e os dois maiores nomes da política da Paraíba no campo da esquerda hoje, em que a imprensa – destacadamente os três jornais mais importantes do Estado, com manchetes e fotografias de capa – registram aquele evento como o de maior relevância para a política do Estado, demonstrando cabalmente que o PT é protagonista na política da Paraíba.

A consolidação desse projeto político passa pelo PED/2009. É fundamental para este campo que seja vitorioso, mantendo a maioria tanto do DR como na maioria dos DMs.

Reeleger o Deputado Luiz Couto como Presidente do DR está intrinsecamente vinculado a essa tática política (preferencialmente como candidato de consenso).

A superação de problemas políticos no interior do nosso campo deve ser enfrentada com clareza e determinação. Um bom começo é discutir e defender claramente as diferentes posições e perspectivas existentes no interior do agrupamento, importante portanto, que essas diferenças sejas explicitadas para que se garanta o bom e democrático debate.

Este documento que apresentamos, portanto, é uma clara manifestação da nossa vontade de debater democraticamente nossas idéias, abrindo assim, possibilidades de confirmar o amplo debate, indispensável para o convívio democrático.

João Pessoa, 14 de fevereiro de 2009.
 

Construindo um novo Brasil. PT PB.
 

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