Como se não bastasse o adiamento em uma semana do Maior São João do Mundo, outra polêmica tem deixado a população preocupada nos dias que antecedem a festa. A revista dos forrozeiros e turistas nas entradas do Parque do Povo tem dividido os organizadores do evento e a Polícia Militar.
O diretor da empresa Aliança Comunicação, responsável pela gestão do São João , Luiz Otávio, disse que há um impasse se será feita pela Polícia Militar ou por uma empresa de segurança privada.
O o gestor explicou que a obrigação da Aliança é com a gestão do evento e não com a segurança pública, ficando esta parte a dever do Estado.
– Nosso contrato é muito claro. Como empresa que está fazendo o trabalho de gestão do São João, não temos a obrigação contratual com a segurança pública. A segurança pública é, realmente, dever do Estado e isso é constitucional em qualquer evento que aconteça no país” disse.
Para ele, a segurança da festa “é problema do Estado e da Polícia Militar, como já foi admitido pelas próprias autoridades, que estão empenhadas em colocar o efetivo que vai garantir a segurança, como já o fez até hoje em todos os eventos que já aconteceram em Campina Grande.
“Estamos dando todo o suporte, além do contrato, para auxiliar no que for necessário a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros, e as demais autoridades. De nossa parte vamos disponibilizar as pessoas que a polícia precisar para dar o reforço nessas entradas, até o limite da legalidade, mas a segurança pública é de fato da Polícia Militar – enfatizou.
Luiz Otávio também frisou que a cada ano a empresa tenta melhorar e modernizar o evento, confirmando a leitura biométrica facial, que vai dar suporte na segurança do Parque do Povo.
O comandante do 2º Batalhão de Polícia Militar em Campina Grande, tenente-coronel Lucas, rebateu Luiz Otávio e disse que a empresa teria informado ao Ministério Público de que não teria condições de fazer a revista nas entradas do Parque do Povo.
– Da parte da Polícia Militar já está tudo pronto, temos efetivo definido e vamos ter reforço de João Pessoa. O impasse é a revista nas portarias do Parque do Povo, pois não sabemos quem fará. Esperamos que a empresa tome as providências necessárias, pois a PM não tem condições de realizar esse trabalho por falta de efetivo suficiente, e porque a nossa responsabilidade é na parte interna da festa, como sempre fazemos – disse o comandante.
Ele ainda ressaltou que recebeu a notícia com preocupação, pois não tem efetivo suficiente para realizar esse trabalho.
SL
PB Agora