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Dilma critica TCU dizendo que paralisar obras é absurdo

 Dois dias após o Tribunal de Contas da União (TCU) ter recomendado a paralisação de sete obras por indícios de irregularidades graves, sendo quatro delas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a presidente Dilma Rousseff disse, em entrevista a rádios locais em Pelotas (RS), achar “um absurdo” parar projetos em andamento. Ela deu a declaração em resposta a uma pergunta sobre a conclusão da BR-448, uma das sete obras apontadas pelo TCU com indícios de superfaturamento, na parte de implantação e pavimentação.

— Eu acho um absurdo paralisar obra. Você pode usar vários métodos, mas paralisar obra é uma coisa extremamente perigosa porque ninguém depois repara o custo. Se houve algum erro por parte de algum agente que resolveu paralisar, não tem quem repare, a lei não prevê. Se você para por um ano, se você para por seis meses, por três meses, ninguém te ressarce depois. De qualquer jeito, essa obra (BR-448) vai ficar pronta — afirmou a presidente.

 

Dilma confirmou que deve participar da inauguração da rodovia, na Região Metropolitana de Porto Alegre, apesar da recomendação do TCU.

— Eu não perco a inauguração por nada. É um resgate da segurança. Encerrou uma polêmica e é emblemática para qualquer governo que sabe o que cada cidade precisa, não tem nada a ver com eleição — disse em relação à obra, que servirá para desafogar o trânsito na BR-116, uma das mais perigosas do estado.

 

A presidente disse também que não concorda com a tese dos prefeitos de que houve redução na divisão do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
— Pelos dados que a gente tem, fica claro que o fundo cresceu ,inclusive, acima da inflação. Foi de 7,4% o crescimento do FPM. (Depois da marcha dos prefeitos) Nós liberamos R$ 3 bilhões para custeio dos municípios, sendo que a primeira parcela de R$ 1,5 bilhão foi distribuída em setembro. E mais um R$1,5 bilhão que eles receberão agora em abril. Além disso, o governo vem fazendo um grande esforço em garantir que os municípios tenham recursos, que não são do FPM. São contribuições diretas — afirmou Dilma, citando como contribuições os repasses aos municípios garantidos pelo Bolsa Família e pelo programa Mais Médicos.

 

A presidente está no Rio Grande do Sul para participar da cerimônia de inauguração da plataforma P-58, construída pelo consórcio Quip em Rio Grande. Depois da entrevista, dada a uma rádio de Pelotas e a outra de Porto Alegre, a presidente foi para a cidade e encontrou operários no Estaleiro Rio Grande, onde a Petrobras também constrói estruturas de produção de petróleo para o pré-sal.

De macacão laranja, a presidente posou para fotos com os trabalhadores e deu atógrafos em camisetas e agendas.

 

O Globo

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