Segundo a revista Veja na sua coluna Radar Online, desta quinta-feira (10), no Planalto, defende-se protelar o pagamento até a tramitação da segunda denúncia contra Temer na Câmara dos Deputados.
Segundo a Veja, os deputados que receberam emendas para salvar Michel Temer da denúncia, agora, querem ver pingar em seus estados o cascalho prometido pelo Palácio do Planalto. Grande parte já saiu do caixa da União, mas nem tudo.
Parlamentares do PSDB e do Centrão não contêm a irritação com a demora para receber os recursos. Em alguns casos, a emenda não foi paga e em outros, sequer empenhada, ou seja, não entrou no sistema de pagamentos do governo.
De acordo com o colunista, não há dúvida. Se Michel Temer não honrar com a palavra, as excelências irão para cima, ameaçando votar contra em matérias caras ao Executivo. Do lado outo lado, no Planalto, há quem defenda protelar o desembolso até a tramitação da segunda denúncia, que Rodrigo Janot deve apresentar em breve.
“É a velha estratégia de adiar a quitação de uma dívida para renegociá-la mais adiante. No caso do governo, seria no esquema compre um e leve dois”, diz o colunista da Veja Mauricio Lima.
Paraibanos mais beneficiados – O deputado federal Hugo Motta (PMDB) é o parlamentar da Paraíba com o maior volume de recursos de emendas individuais empenhados pelo governo federal no exercício de 2017. De acordo com dados disponíveis no site do Senado Federal, com atualização no último dia 30 de junho, os empenhos já somam R$ 5 milhões. No final da lista está o petista Luiz Couto, com apenas R$ 400 mil empenhados.
O senador Raimundo Lira (PMDB), atual líder do PMDB no Senado, e os deputados Damião Feliciano (PDT) – oposição ao governo de Michel Temer na Câmara – e Rômulo Gouveia (PSD) seguem empatados na segunda colocação, com R$ 4,8 milhões em emendas empenhadas.
O ‘empenho’ é a fase da execução da despesa onde há o comprometimento da autorização orçamentária. No que se refere aos valores pagos em 2017, o quadro é diferente. O deputado federal Benjamin Maranhão (SD) lidera o ranking, com a liberação de R$ 4,4 milhões.
As emendas individuais são cotas distribuídas entre os parlamentares dentro do orçamento da União. Cada parlamentar tem direito a destinar cerca de R$ 15 milhões do orçamento, que podem ser destinados a no máximo 25 emendas diferentes.
Veja como votaram os paraibanos na denuncia por corrupção passiva da PGR contra Temer:
Contra a admissibilidade da denúncia
André Amaral (PMDB)
Hugo Motta (PMDB)
Aguinaldo Ribeiro (PP)
Efraim Filho (DEM)
Benjamin Maranhão (SD)
Rômulo Gouveia (PSD)
A favor da admissibilidade da denúncia
Luiz Couto (PT)
Pedro Cunha Lima (PSDB)
Veneziano Vitaldo Rêgo (PMDB)
Damião Feliciano (PDT)
Wellington Roberto (PR)
Não compareceu à votação
Wilson Filho (PTB)
Redação