Existe uma grande expectativa na Câmara dos Deputados quanto a uma eventual denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer (PMDB). A peça acusatória, embasada na gravação da conversa entre o presidente e o empresário Joesley Batista, feita por este último, e na delação premiada de Ricardo Saud, diretor de Relações Institucionais e Governo da J&F, holding dos donos da JBS, apontaria três crimes: obstrução de Justiça, corrupção passiva e envolvimento em organização criminosa.
Para o líder do Democratas, deputado Efraim Filho (foto), o Congresso não pode ficar paralisado face ao cenário que se desenha, pois “a sociedade exige respostas rápidas” e cabe às duas Casas Legislativas, Câmara e Senado, o papel de agir com desenvoltura para superar a crise.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM) admite suspender o recesso do meio do ano, que será iniciado no dia 17 e vai até o dia 31 de julho, caso o procurador-geral, Rodrigo Janot, apresente a denúncia – é a Câmara dos Deputados que autoriza denúncia contra um presidente da República, sendo necessário que dois terços dos parlamentares da Casa votem a favor do pedido.
Redação