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Denúncias por coação eleitoral pró-Bolsonaro em empresas bate recorde, afirma MPT

Nestas eleições a Procuradoria Geral do Trabalho (PGT) registrou até o momento 199 denúncias em 14 estados relacionadas a coação eleitoral, uma prática que ocorre quando donos de empresas ou superiores tentam influenciar os votos de seus subordinados valendo-se da posição hierárquica de poder.

 

Levantamento inédito junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT) nos estados revela também que, nos casos em que o MPT abriu parte do conteúdo das denúncias de coação, a maioria das empresas acusadas foram favoráveis ao candidato Jair Bolsonaro (PSL).

 

A PGT registrou denúncias contra mais de 60 empresas pelo país. Em 57 destas empresas denunciadas foi possível identificar a motivação eleitoral dos casos de coação. 28 delas são acusadas de coação em favor de Bolsonaro e apenas uma foi contrária ao candidato do PSL. Do restante dos casos identificados até agora, 25 estão sob sigilo ou não há conclusão de quem se beneficiou da prática de coação; outros três casos foram em favor de parlamentares.

A região Sul concentra 157 denúncias, ou seja, 79% do total registrado pela PGT. Há casos de camisetas e comunicados idênticos distribuídos em empresas diferentes, o que sugere uma comunicação entre os empresários nos atos denunciados.

 

O caso Komeco –  Com 100 denúncias, Santa Catarina teve o maior número de relatos de coação eleitoral. Um deles ocorreu na Komeco, que se intitula a “maior fabricante de ar-condicionado do Brasil”, com faturamento anual de centenas de milhões de reais. No último mês, os servidores da Komeco receberam um email a respeito de uma palestra. Sucinto, o convite informava sobre a visita de um palestrante às 13h do dia 24 de setembro.

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Segundo relatos de funcionários que falaram sob a condição de anonimato, o que seria uma reunião profissional se transformou num palanque político- eleitoral durante 40 minutos. Estavam presentes nessa coação o presidente da empresa, Denisson Moura de Freitas, e dois políticos: o prefeito de Palhoça (SC), Camilo Martins (PSD), e seu pai, o agora eleito deputado estadual Nazareno Martins (PSB).

 

Redação

 


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