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Denúncia contra Temer dá força a nova onda de pressão no PSDB

A denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Michel Temer na segunda-feira (26/6), ao Supremo Tribunal Federal reforçou o movimento de parte da bancada do PSDB na Câmara dos Deputados pelo desembarque do partido do governo. Há poucos dias o grupo conhecido como “cabeças pretas”, formado por jovens parlamentares do baixo clero, pressiona fortemente a cúpula da sigla a entregar imediatamente os cargos tucanos na administração. Quem integra essa ala é o deputado federal, Pedro Cunha Lima (PSDB), filho do 1° vice-presidente do Senado Cássio Cunha Lima (PSDB).

Apesar do esforço do Palácio do Planalto para manter os tucanos, que comandam quatro ministérios, ao seu lado, o presidente não deverá ter o apoio em bloco da legenda na votação da admissibilidade de denúncia no plenário da Câmara. Para ser aprovada, a solicitação para a instauração do processo precisa do apoio de 342 dos 513 deputados da Casa. Se ficar admitida a acusação, após a aprovação do parecer, será autorizada a instauração do processo no Supremo.

Para Pedro já se faz necessário a renúncia do presidente Michel Temer. “Não há como Temer continuar no governo dessa forma, tem sido colocado o nome da ministra Carmem Lúcia, que pode ser uma alternativa para que a gente consiga dar um norte para esse grave problema. É o Brasil que está sendo despedaçado e não dá para a gente ficar em rinha política eternamente”, disse Pedro.

Segundo levantamento do Jornal Correio Braziliense de hoje (28), o impresso ouviu 31 dos 46 integrantes da bancada do PSDB. Destes, 15 afirmaram que votarão pela admissibilidade da denúncia, sete contra e nove se disseram indecisos ou não quiseram opinar. Parte desse grupo prefere manter o posicionamento em sigilo por ora, mas muitos já falam abertamente.

O PSDB comanda, atualmente, quatro pastas na Esplanada dos Ministérios: Cidades (Bruno Araújo), Relações Exteriores (Aloysio Nunes Ferreira), Direitos Humanos (Luislinda Valois) e Secretaria de Governo (Antonio Imbassahy).

Destes, Imbassahy e Nunes são os mais engajados em manter o PSDB no governo. O presidente licenciado do PSDB, senador afastado Aécio Neves (MG), também faz parte do grupo que pressiona o partido para permanecer ao lado de Temer.

 


PB Agora

 

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