A Executiva Nacional do Democratas (DEM) pode recuar e desistir da idéia de expulsar o deputado Edmar Moreira (DEM-MG) da legenda. Moreira é acusado de não declarar à Justiça um castelo construído por ele no valor aproximado de R$ 25 milhões.
Estava marcada para a tarde desta terça-feira uma reunião do partido e depois uma coletiva com o presidente nacional da legenda, Rodrigo Maia (RJ), mas ambas foram canceladas. A área jurídica do partido deve analisar qual é a melhor saída para o caso para que o DEM não perca uma vaga na Câmara com a expulsão de Edmar.
Como o deputado entrou com um pedido de declaração de justa causa pra desfiliação partidária no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) alegando perseguição política, integrantes do DEM avaliam que uma expulsão apenas reforçaria o Tribunal a dar este respaldo a Edmar, mantendo sua vaga de deputado com ele e o deixando livre para ir integrar qualquer outro partido.
A idéia do partido é encontrar uma brecha na regra da fidelidade partidária que prevê que o mandato pertence à legenda, e não ao deputado. Desta forma, o partido aceitaria o pedido de expulsão de Edmar ao invés de expulsá-lo para manter a vaga dele nos quadros do DEM.
Sem querer dar muitos detalhes sobre a manobra que vem sendo estudada pelo DEM, o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) disse apenas que o partido prefere ter cautela antes de anunciar sua decisão para não cometer nenhuma injustiça. “Precisamos analisar mais a questão para não tomar nenhuma atitude inadequada. Não vamos fazer nada fora da lei, nada de incorreto, seremos duros, mas não injustos”, disse.
Se o TSE concordar com o pedido apresentado por Edmar, o deputado ganha respaldo para sair do DEM e manter seu mandato de deputado. Esse tipo de decisão geralmente demora 60 dias para ser tomada, mas como Edmar alegou urgência, tudo indica que o processo pode correr mais rápido.
Neste período o TSE vai ouvir o DEM e o deputado Edmar para depois tomar sua decisão.
Portal Terra
