Pois é, ainda não foi daquela vez, em Natal, que as definições aconteceram no PSDB paraibano. Seria definitivo, previu o deputado Zenóbio Toscano, mas nem tudo saiu como o esperado. Outra reunião foi feita depois disso. Até agora, o PSDB permanece como estava: sem sair do canto.
Vai apoiar a candidatura de Cícero Lucena? Ou vai mesmo apoiar Ricardo Coutinho?
O clima, no entanto, agora é mais tenso. Cássio está disposto a conversar. Mais com os de fora do que propriamente com os defensores da candidatura de Cícero. Há rusgas entre os dois que foram acentuadas em Natal e que, apesar dos “bombeiros”, não foram eliminadas na última reunião, em que se espalhou a notícia de que Cícero teria liberado conversações com o prefeito da Capital.
O senador já tratou de desmentir essa liberação. Ou seja, existe a tensão que muitos tentam negar. A Folha de S. Paulo trouxe matéria em que apontava exaltação de ânimos entre os dois principais expoentes do PSDB paraibano. E que a coisa foi tão complicada que nem a direção nacional conseguiu evitar a discórdia e apontar uma sugestão que reconstruísse a paz.
Cássio saiu sem a presidência do PSDB, o que dificulta – mas não impede – entendimentos com o PSB de Ricardo Coutinho. A este portal, ele disse, hoje pela manhã, que vai procurar o PSB de Ricardo. A insistência nessa tese significa dizer que agora é cada um por si.
Como adora uma frase de efeito, o ex-governador saiu pela tangente com a seguinte frase, ao ser perguntado sobre a crise no partido: “Estava trabalhando para mudar o PSDB de direção e não a direção do PSDB”, declarou.
Saiu sem uma coisa e outra. Já perdeu um round, a direção do partido. Mas, com certeza, não está disposto a perder o outro round – mudar o PSDB “de direção”, ou seja, fechar questão em torno da candidatura de Ricardo Coutinho. Apesar da candidatura de Cícero.
Cássio anunciou entrevista coletiva para esta quarta-feira. Sem a participação de Cícero.
Será que vai cozinhar ainda mais esse “moído”? Até quando?
