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Como será a nova Polícia de Ricardo? – Parte 3

Na foto ao lado, estão retratados (no sentido horário, girando da esquerda para a direita e vice-versa), os coronéis Kelson, Arnaldo, Wolgrand e Américo.

Sistema Único de Segurança

Qualquer um deles tem competência suficiente e treinamento necessário para poder ser o primeiro coordenador do novo SUS (Sistema Único de Segurança) que será implantado na futura gestão socialista da Paraíba, a partir do próximo dia 1º de janeiro de 2011.

Decisão na undécima hora

Apesar de vários nomes já terem sido especulados em diversos setores da imprensa falada, escrita e televisada – inclusive nesta coluna – o governador eleito Ricardo Coutinho (PSB) continua afirmando que só divulgará seu secretariado após a conclusão dos trabalhos da equipe designada para compor a chamada Comissão de Transição, ou seja, até o final-do-ano.

Governador eleito faz reflexão

Ao contrário do que vem sendo especulado também pelos portais e blogs, Ricardo nega que já tenha alguns nomes definidos para ocupar cargos em seu governo. Segundo o vice-governador eleito na chapa dele, deputado federal Rômulo Gouveia (PSDB), Coutinho reservou este final-de-semana e feriado para descansar e refletir sobre seu futuro secretariado.

Primeiro o perfil e depois os nomes

Ricardo adiantou, porém, que os futuros auxiliares terão que preencher um perfil técnico pré-estabelecido por ele: “Vamos definir primeiro um formato de gestor que atenda as necessidades do futuro governo, para somente depois disso podermos escolher os nomes”.

PM não tomará partido

O governador eleito disse, ainda, que pretende despartidarizar a administração pública estadual: “Temos que acabar com a paixão política que existe na Polícia Militar, na Cehap e na Cagepa, por exemplo.”

Escolhendo em outro Estado

Mesmo assim, há quem diga que a solução final será mesmo trazer um oficial de alta patente de fora do Estado, como o ex-governador Tarcisio Burity (já falecido) fez com os coronéis do Exército Geraldo Navarro, Marden Alves da Costa e Severino Talião de Almeida, que passaram pela secretaria de Segurança Pública e pelo comando-geral da PM, em meados da década de 1980.

Comandante-geral “importado”

O ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB) também trouxe logo no início do primeiro mandato dele, para exercer o cargo de titular da antiga SSP, o coronel Noaldo Alves da Silva, que esteve no Exército combatendo a guerrilha do Araguaia, no começo da década de 1970, durante a Ditadura Militar e depois foi secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro (quando queria transferir todos os presos das cadeias para os porões dos navios ancorados na Baía de Guanabara) e comandante-geral da PM de Pernambuco.

Solução vinda de fora

Ricardo poderia pedir à presidente eleita Dilma Roussef (PT) que indicasse um oficial do Exército para a função de coordenador dessa difícil tarefa ou até mesmo fazer essa solicitação ao principal aliado dele na região Nordeste, que é governador reeleito de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que – por sua vez – poderia ceder os serviços de um experiente oficial da PM pernambucana.

Veja o currículo dos cotados

Algumas das nossas opções domésticas, entre outros nomes de coronéis ou tenentes-coronéis a serem promovidos por merecimento ou pelo critério de antiguidade, já elencados por esta coluna, são estas, na lista abaixo:

Kelson de Assis Chaves – Natural de Campina Grande, ingressou na Polícia Militar da Paraíba em dezembro de 1984, como aspirante a oficial. Quando era tenente, instalou o 1º Pelotão de Sapé (hoje 17ª Cia). Ele cursou o ensino fundamental e médio no Colégio Arquidiocesano Pio XII, em João Pessoa. No ensino superior, tem graduação no Curso de Formação de Oficiais, pelo Estado do Ceará. Ex-comandante da Tropa de Choque quando era capitão, tinha como seu ajudante-de-ordens o então cabo Dênis (atualmente sargento reformado, ex-deputado estadual e presidente do Partido Verde). Foi assessor militar do Tribunal de Justiça na gestão do desembargador aposentado Raphael Carneiro Arnaud. Ex-comandante-geral da PM no governo Cássio, tem como especialidade o fato de ser “snipper” (atirador de elite). Sob seu comando foi criada a Rotam (modalidade tática de patrulhamento em rondas feitas por soldados em motos). É filho do coronel Marcilio Pio Chaves, ex-vereador de João Pessoa e ex-comandante da Guarda Municipal, durante a gestão do ex-prefeito e hoje senador Cícero Lucena (PSDB).

Arnaldo Sobrinho de Morais Neto – Ex-comandante do BP-Tran, implantou a Patrulha Rodoviária Estadual e é atualmente coordenador de Planejamento e Projetos do Estado Maior Estratégico da corporação. Nos últimos dois anos (logo após ter exercido o cargo de comandante da 4ª Cia do 1º BPM), concluiu seu Mestrado em Direito na UFPB (com a dissertação “Cybercrime e Cooperação Internacional: Um Enfoque à Luz da Convenção de Budapeste”) e ainda esteve proferindo palestras sobre este mesmo assunto no Cairo (Egito), Viena (Áustria), Brno e Praga (ambas na República Tcheca), em 2008 e por último, em Roma (Itália) e República de Malta, no ano passado. Advogado, ele também é diplomado como Instrutor de Direito Humanitário, pela Cruz Vermelha Internacional. É mestre em Direito, pelo programa de pós-graduação em Ciências Jurídicas da UFPB, formado e pós-graduado em Segurança Pública, pela Academia de Polícia Militar do Cabo Branco e bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, com especialização em Direito Penal e Criminologia (pela Universidade Potiguar). O oficial também é pesquisador vinculado à International Association of Cybercrime Prevention (AILCC), que tem sede em Paris, na França. Ele leciona aulas como professor de Direito Penal nas faculdades Asper e Fesp, além de ser sócio-efetivo da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência).

Carlos Américo Pereira de Oliveira – Ex-comandante da Tropa de Choque quando era capitão, hoje dirige o 1º BPM, localizado no centro da cidade, sito à praça Pedro Américo, ladeado pelo teatro Santa Roza e pelo prédio onde funciona o Paço Municipal (antigo edifício-sede dos Correios e Telégrafos).

Wolgrand Pinto Lordão Júnior – Filho do também coronel Wolgrand Lordão (já falecido) e da delegada Maria Daluz, ex-comandante do 4º BPM em Guarabira, atualmente é o responsável peo Policiamento da Capital e de toda a Região Metropolitana da Grande João Pessoa, englobando os municípios de Bayeux, Santa Rita, Conde e Lucena.

Francisco de Assis Silva – “Eterno” presidente do Clube dos Oficiais, já foi candidato a cargos eletivos como os de vereador e deputado estadual várias vezes, é ex-secretário de Juventude, Esporte e Lazer do Estado e atual diretor-superintendente do Detran (Departamento estadual de Trânsito). Foi um dos principais líderes da 1ª greve realizada pela instituição, na história da Paraíba, em 1997, durante o Governo Maranhão 1, tendo sido preso no quartel do Corpo de Bombeiros, por causa disso.

Rizonaldo Rodrigues da Costa – Ex-ajudante-de-ordens do governador não-reeleito José Maranhão (PMDB), quando ainda era major, ocupa atualmente o cargo de diretor de Transportes do DER (Departamento de Estradas e Rodagens), foi comandante do 2º e do 4º BPM’s, respectivamente situados em Campina e Guarabira, além de ser irmão do coronel Ricardo Rodrigues, atual comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militares da Paraíba.

Everaldo Dutra Barbosa da Silva – Ex-comandante do 3º BPM, em Patos, é o atual comandante do recém-criado Batalhão de Policiamento de Trânsito (ex-CP-Tran, que ele já comandou anteriormente, quando ainda era major) e também foi ajudante-de-ordens de Cícero, na PMJP.


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