A Comissão Especial do Impeachment presidida pelo senador paraibano Raimundo Lira (PMDB) ouve, a partir de segunda-feira (27), as últimas testemunhas no processo de impeachment contra a presidente afastada Dilma Rousseff. Entre as testemunhas finais estão três ex-ministros dos governos Dilma: Patrus Ananias, do Desenvolvimento Agrário; Aldo Rebelo, da Defesa; e Luís Inácio Adams, da Advocacia-Geral da União.
Ananias, que hoje é deputado federal (PT-MG), falará na segunda-feira (27), em reunião que começa às 15h. Outras duas testemunhas agendadas para o mesmo dia integravam sua equipe na pasta do Desenvolvimento Agrário: Maria Fernanda Ramos Coelho, ex-secretária-executiva; e João Luiz Guadagnin, ex-diretor do Departamento de Financiamento e Proteção da Produção.
Na terça-feira (28), a partir das 11h, serão ouvidos Rebelo e Adams e Antônio Carlos Stangherlin Rebelo, que é responsável técnico junto ao Conselho Nacional de Justiça para análise de créditos suplementares.
A fase de depoimentod de testemunhas será concluída na quarta-feira (28), com a previsão de mais três depoimentos, mas a agenda com os nomes das testemunhas ainda não foi divulgada.
Até o momento, a Comissão do Impeachment ouviu 35 testemunhas nesta segunda fase do processo – a fase de pronúncia – que se destina à coleta de provas e à decisão sobre a pertinência da acusação por crime de responsabilidade.
Perícia
Além da tomada de depoimentos, outras atividades estão na agenda de atividades da comissão ao longo da semana. Ainda na segunda-feira, às 10h, o colegiado receberá o laudo pericial sobre quatro decretos de créditos suplementares de 2015 e repasses do Tesouro ao Banco do Brasil a título de equalização de taxas de juros do Plano Safra naquele ano (as chamadas “pedaladas fiscais”). No pedido de impeachment, a acusação aponta a existência de irregularidades nesses atos.
Redação