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Circo na TV

O Brasil é um país cheio de talentos, um povo extraordinariamente criativo, com um senso de humor aguçado. E quando se trata de espírito criativo e bem humorado, os comediantes se destacam. Aliás, podemos dizer que somos muito bons nisso. Basta lembrarmo-nos dos inesquecíveis, Grande Otelo, Costinha, mais recentemente, Rogério Cardoso, o “Seu Flor”, da Grande Família. Os programas humorísticos atuais dão show em sátiras e caricaturas. O Casseta e Planeta, Pânico na TV e o CQC, reúnem bem essas características.

O talento para o humor está presente em vários segmentos ‘profissionais’. A Lei de número 9.504/97, regulamenta o Programa Eleitoral Gratuito, mas não conseguiu impedir que o espetáculo cômico fosse sua plataforma. Este ano assistiremos ao ‘maior programa humorístico do país’, o qual se pode chamar de ‘Circo na TV’. Os shows circenses, geralmente, têm palhaços, mágicos, animais adestrados, malabaristas, curiosidades, e, muita, muita alegria e humor. Infelizmente o Programa Eleitoral, apesar de nos fazer rir, não nos dá alegria.

Ficam claras as categorias dos ‘personagens’ que participam desse programa. Os ilusionistas fazem a realidade se tornar, num passe de mágica, ilusão, e as ilusões são propagadas como realidade. Os malabaristas equilibram-se na ideologia da conveniência, saltando de partido em partido. Os animais, na grande maioria, seguem direitinho, as orientações na hora da gravação – aparecem com o corpo estático, gesticulando as mãos, levando seus olhos da esquerda pra direita – muito embora engulam todos os ‘r’ e os ‘s’. Com uma versatilidade admirável, criam tipos e cenas. Um dos precursores, Enéas, que lembrava Osama Bin Laden de terno e óculos, virou sinônimo de rapidez. Uma palhaçada, no entanto, parece que neste espetáculo, os palhaços somos nós.

A primeira novela produzida em cores na televisão brasileira, “O Bem Amado”, foi levada ao ar em janeiro de 1973. O enredo da estória girava em torno do prefeito da cidade fictícia de Sucupira, Odorico Paraguaçu, um político corrupto, que tem como prioridade em sua administração inaugurar o cemitério. A novela, político-cômica, virou seriado, e, com o passar do tempo, ficou cada vez mais atual. Este ano, vai estrear como filme no dia das eleições. O filme tem um orçamento de R$ 9,8 milhões. O Programa Eleitoral Gratuito vai custar R$ 851 milhões em 2010.

“ – Prefiro não comentar!”
 


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