Em recente artigo o cientista político e professor da História da UFPB, Lúcio Flávio Vieira discorre sobre a conjuntura política que levaram a formação da aliança PSB/PSDB, nas eleições de 2010, que venceu a disputa pelo Governo do Estado, elegendo Ricardo Coutinho para o seu primeiro mandato.
O professor lembra que, à época, o MDB de José Maranhão vislumbrava chapa majoritária em que o socialista, mais o atual deputado Veneziano Vital, disputariam o Senado Federal. Destaquei esse trecho do artigo pelo fato óbvio de que ambos figuram no cenário atual como nomes fortes para igual postulação, em que pese o governador não ter decidido, oficialmente, se sairá candidato. O artigo trata, na verdade, da estratégia que levou Cássio Cunha Lima a se aproximar do socialista, como uma espécie de “sobrevivência política”, como ele relata:
“Cássio apoiou RC porque temia a manutenção da aliança de 2006. Uma chapa com José Maranhão, para o governo [era candidato à reeleição, à época], e Ricardo Coutinho e Veneziano Vital para o Senado, como era o desejo ardente do então governador peemedebista, deixava Cássio em uma posição de extrema dificuldade, restando a ele apoiar a candidatura natimorta de Cícero Lucena ao governo e um palanque sem apelo político algum, talvez, quem sabe, com o DEM, de Efraim Moraes, o que abriria uma grande possibilidade de derrota em 2010”.
Redação