Em 1982, os brasileiros foram às urnas escolher os governadores depois de 18 anos de eleições indiretas. Na época, o voto era vinculado. Ou seja: o eleitor era obrigado a votar em todos os candidatos do mesmo partido. Caso contrário, o voto era anulado. De lá para cá, já se passaram 36 anos. No decorrer do tempo, a legislação eleitoral foi amplamente modificada. Os partidos passaram de cinco (PDS, PMDB, PDT, PTB e PT) em 1982 para 35 hoje, um aumento de 600%.
Ao analisar esse cenário o professor do curso de História da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Lúcio Flávio Vasconcelos, destaca que as lideranças estaduais não se afinam com as lideranças locais. Isso é reflexo de três fatores, afirma o cientista.
O primeiro: grande quantidade de partidos políticos no país. São 35 legendas, hoje. O segundo: a ausência de concepção ideológica e programática nos partidos. O terceiro fator, segundo o professor da UFPB: pragmatismo generalizado. De acordo com Lúcio Flávio, isso tudo permite a bagunça que está ocorrendo na campanha eleitoral em todo o País., especialmente na Paraíba.
“Os partidos querem apenas os votos e não se importam com a fidelidade de seus integrantes, numa demonstração de total desinteresse com a questão partidária”, disse Flávio.
Redação
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