Em resposta as declarações do presidente Jair Bolsonaro que questionou a veracidade dos documentos produzidos pela Comissão Nacional da Verdade (CNV), que apurou os crimes cometidos durante o período da Ditadura Militar, entre 1964 e 1985, a deputada estadual Cida Ramos (PSB) disse que elas desrespeitam não só as famílias dos atingidos com o Golpe de 64, mas toda a democracia brasileira.
“Você acredita em Comissão da Verdade? Qual foi a composição da Comissão da Verdade? Foram sete pessoas indicadas por quem? Pela Dilma”. Para Bolsonaro, os documentos sobre as mortes atribuídas aos militares são “balela”. “Nós queremos desvendar crimes. A questão de 64, existem documentos de matou, não matou, isso aí é balela”, afirmou Bolsonaro.
Em resposta Cida disse: “Esses familiares tiveram seus entes mortos, por divergirem de posições políticas. Nessa época tivemos uma ausência de liberdades individuais. Essa fala de Bolsonaro não é só um desrespeito às famílias, mas ao povo brasileiro. É um período muito difícil da nossa história e nosso governante todos os dias dá sinais do fim do estado democrático de direito”.
A declaração de Bolsonaro foi dada na entrada do Palácio da Alvorada logo após o presidente ser questionado sobre o comentário polêmico que deu ontem sobre o desaparecimento do pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz. Bolsonaro disse que “um dia” contaria para Santa Cruz como o pai havia morrido. “Ele não vai querer saber a verdade”, disparou Bolsonaro.
Redação