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Castelo de Areia: dossiê pode comprovar doações ilegais

A Polícia Federal encontrou um dossiê na casa do executivo da construtora Camargo Corrêa Pietro Francesco Giavina Bianchi que pode comprovar o esquema de doações eleitoriais ilegais. O documento de 142 folhas traria “impressões de tabelas e planilhas com nomes de instituições, obras, partidos políticos e deputados, relacionados a valores respectivos em dólares e reais”. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Segundo a reportagem, a informação está citada no relatório secreto de buscas da Polícia Federal que integra a Operação Castelo de Areia, em que são investigados crimes como lavagem de dinheiro, crimes financeiros e doações ilegais a partidos políticos. De acordo com o documento policial, no dia 25 de março, quando uma ordem judicial deflagrou a investigação, os policiais vasculharam os gabinetes da diretoria da construtora e a residência de quatro executivos – Fernando Dias Gomes, Dárcio Brunato, Raggi Badra Neto e Pietro Bianchi. Os executivos foram detidos, mas tiveram a soltura determinada três dias depois pelo Tribunal Regional Federal (TRF).

Na ocasião, a delegada da PF, Karina Murakami Souza, relacionou e lacrou os materiais recolhidos na residência de Bianchi. Os papéis contendo os nomes e repasses foram localizados na rua Ribeiro Lisboa, no Jardim Morumbi, endereço do executivo. No escritório pessoal de Bianchi, os policiais federais recolheram os documentos, que eram procurados pela operação após a gravação de escutas telefônicas em que eles eram citados.

De acordo com O Estado, em uma interceptação feita no dia 21 de janeiro, Fernando Dias Gomes comunicava a Dárcio Brunato sobre “um pen drive com todas as contribuições eleitorais”. Outro grampo ainda registrou que Bianchi também teria cópia de planilhas com nomes de políticos que teriam recebido propinas.

Dentre os documentos recolhidos pela PF, constam “uma folha de papel A4 contendo planilha com siglas e nomes de empresas, referente ao período 1994-2004, com respectivos valores, expressos em dólares, encontrada no escritório” e “45 folhas de papel A4 contendo impressões de siglas relacionadas a empresas e instituições com respectivos valores em reais e dólares, encontradas no escritório”.

Foram encontradas também folhas “contendo impressões de datas, códigos, valores em reais e dólares e respectivas taxas de conversão” e papéis “contendo documentos relativos a contas bancárias no Exterior e movimentações financeiras”.

Ao Estado, o advogado Antonio Claudio Mariz de Oliveira, que defende a diretoria da Camargo Corrêa, negou as acusações de envolvimento dos executivos da empreiteira em crimes financeiros e doações eleitorais ilegais. – Não passam de ilações sem o menor fundamento, desprovidas de comprovação probatória – disse. Ele ressaltou que as doações foram efetuadas mediante entrega de recibo e declaração à Justiça Eleitoral e à Receita Federal.

JBonline

 

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