A Paraíba o tempo todo  |

Caso Moro divide opiniões na classe política e jurídica da Paraíba; socialista evidencia ‘verdadeira gangue politico-jurídica’

A repercussão das mensagens trocadas entre o ex-juiz federal Sérgio Moro e o procurador da República Deltan Dallagnol no âmbito da operação Lava Jato, que teve como principal alvo o ex-presidente Lula (PT) tem dividido a opinião da classe política e também jurídica na Paraíba. 

A reportagem do PB Agora entrevistou alguns parlamentares que fazem questão de expressar suas opiniões divergentes sobre o tema. Uma das mais contundentes foi expressada pelo deputado estadual Jeová Campos, do PSB, que ousou dizer que foi montada uma ‘verdadeira gangue politico-jurídica’ para tirar o ex-presidente Lula de circulação e assim interferir no resultado do pleito.

O deputado estadual Jeová Campos não economizou opinião para se opor contra os comportamentos apresentados pelo ex-juiz Sérgio Moro e o procurador da República, responsável pela Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, com base em matéria publicada pelo site The Intercept. Para Jeová, juiz e procurador se comportaram como uma gangue. Para o deputado socialista, um juiz jamais deveria aliar-se à acusação e orientá-la como coletar provas, como prender pessoas para que essa pessoa presa se tornasse um delator de uma conduta confessando o que não confessaria. "Ele, o juiz Sérgio Moro, juntamente com o Dallagnol montaram uma verdadeira gangue politico-jurídica contra as instituições do Estado Nacional. Nunca um juiz pode se se vincular, se conluiar com a acusação. O juiz tem que estar acima das partes, a acusação é feita pelo Estado, mas o juiz não tem o dever de seguir o Estado, ele tem o dever de seguir a lei, que é a representação do Estado", analisou Jeová. 

Para o deputado federal Efraim Filho, a lei precisa ser a mesma para todos e necessita ser defendida. Segundo o parlamentar, tanto os criminosos alvos da Operação Lava Jato, quanto aos juristas que a operam não estão acima da lei. "Eu não tenho a 'expertise' para identificar que crime aconteceu e se aconteceu o crime, mas a aplicação da lei tem que existir. O crime que por ventura tenha sido cometido por aqueles que operam o Direito devem receber o mesmo tratamento rigoroso que é aquele aplicado aos condenados da Lava Jato", argumentou Efraim.

Já o procurador de Justiça Francisco Sagres, em entrevista à imprensa, na tarde desta segunda-feira (10) tem outro pensamento sobre o caso. Para ele, o ministro Sérgio Moro e o promotor Deltan Dallagnol, que coordena a Operação Lava-Jato em Curitiba apenas conversaram acerca de um processo, o que não trouxe nenhum prejuízo à investigação.

Ele criticou o que classificou de exploração política em cima do vazamento dos áudios que envolvem os integrantes do Ministério Público e disse que a repercussão do caso só favorece a esquerda na tentativa vã de levar o país a degradação social. 

O juiz não fez nenhum juízo de valor com relação ao procedimento. Eu acho que o promotor e juiz conversarem acerca de um processo não traz nenhum dano à investigação, pois o juiz, de fato e de direito. Eu só vejo exploração que favorece muito a esquerda, na tentativa de vã de levar o país à degradação social quando busca acusar dois homens probos, sérios, que têm compromisso com a República e com o povo brasileiro”, disse em entrevista ao portal Polêmica Paraíba.

Também em entrevista à reportagem do PB Agora, o renomado jurista Marcos Souto Maior Filho evitou fazer juízo de valor sobre o caso, mas defendeu que o interesse direto das partes na absolvição ou condenação no processo macula o julgado.

 

PB Agora

 


Certificado digital mais barato para advogados e contadores. Clique e saiba como adquirir

    VEJA TAMBÉM

    Comunicar Erros!

    Preencha o formulário para comunicar à Redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta matéria do PBAgora.

      Utilizamos ferramentas e serviços de terceiros que utilizam cookies. Essas ferramentas nos ajudam a oferecer uma melhor experiência de navegação no site. Ao clicar no botão “PROSSEGUIR”, ou continuar a visualizar nosso site, você concorda com o uso de cookies em nosso site.
      Total
      0
      Compartilhe