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Candidatos do Brasil usam nome de Mandela e Maradona

A semelhança indiscutível de Adolphino Rosario Cruz com um famoso líder sul-africano nunca tinha sido aproveitada em nenhuma das oito vezes em que ele foi candidato a cargos políticos. O sucesso da Copa do Mundo de 2010, porém, lhe pareceu estímulo suficiente. Tascou "Nelson Mandela" no seu registro para deputado estadual de São Paulo pelo PP (Partido Progressista).

– Eu pareço muito com ele. Eu ando na rua, tomo ônibus, vou no supermercado e o povo fala: "É o Mandela, é o Mandela." A diferença é que eu tenho 65 anos e ele tem 92 – explica.

O Mandela paulista tem medo, porém, que o novo nome pareça "muita ousadia" e pode terminar adotando só o sobrenome do político africano nos panfletos. O sósia espera que o fato de o rosto de Mandela ter ficado mais conhecido durante a Copa faça render melhor seus oito ou dez segundos de propaganda na TV.

Ainda em São Paulo, é possível que pouca gente conheça o candidato a deputado federal pelo PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), Gilberto de Castro Carmo. Mas ele garante que será lembrado se perguntarmos pelo Maradona brasileiro em algumas regiões da capital paulista. "Eu sou a cara do Maradona", diz o candidato.

Ele conta que chegou a ser entrevistado durante a Copa do Mundo, mas o assunto passou longe das propostas de campanha. "Falei da Jabulani", afirma, sobre a bola oficial da competição.

O Maradona brasileiro garante que torceu pelo Brasil no Mundial. Porém, quando o assunto são os técnicos, ele não hesita em declarar que prefere o sósia a Dunga. "Maradona levou alegria para a Copa. Dunga encastelou todo mundo", critica.

Além de ter cara de argentino, Gilberto é descendente de indígenas e tem como principais preocupações a questão ambiental, os direitos indígenas e o problema das crianças moradoras de rua. Seu envolvimento com política começou cedo, quando ainda estava no colégio. Mais tarde fez parte da União Nacional dos Estudantes (UNE).

Outra que aproveita um sucesso internacional é Super Nany de Jesus, nome que Gislene Dias de Jesus resolveu adotar na corrida por uma vaga de deputada estadual em São Paulo. Ela se inspirou no reality show que passa em vários países e, no Brasil, é transmitido pelo SBT. No programa, uma babá ensina como disciplinar crianças.

A Super Nany que quer ser deputada explica que ganhou esse apelido trabalhando numa creche que possui em Sapopemba, zona leste de São Paulo.

– As crianças da creche me chamavam de Nani. Daí depois que começou o programa fiquei conhecida aqui no bairro como Super Nany.

O acréscimo "de Jesus" foi para não ser confundida com a estrela do programa de TV. Além disso, ele cai como uma luva para Gislene, que é evangélica e concorre pelo PSC (Partido Social Cristão).

 

Terra

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