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Candidatos ao governo aproveitam último debate na TV para trocar provocações e apresentar propostas

O último e decisivo debate dos candidatos ao governo da Paraíba foi marcado por ataques e apresentação de propostas. Quatro candidatos ao Governo da Paraíba nas Eleições 2018participaram do debate nas TVs Cabo Branco e Paraíba, na noite desta terça-feira (2).

Durante cerca de 2 horas, os candidatos apresentaram propostas para áreas como saúde, educação e segurança.

Mediado pelo jornalista Ernesto Paglia, o debate foi realizado no estúdio da TV Cabo Branco, em João Pessoa. Participaram os candidatos (em ordem alfabética): João Azevêdo (PSB), José Maranhão (MDB), Lucélio Cartaxo (PV) e Tárcio Teixeira (PSOL).

Participaram do debate os candidatos aptos, de acordo com o que é definido na legislação, ou seja, aqueles dos partidos ou coligações que têm pelo menos cinco representantes no Congresso Nacional ou que pontuaram mais de seis pontos na última pesquisa Ibope.

O debate teve cinco blocos, sendo o primeiro e o terceiro com temas livres e o segundo e o quarto com temas que foram determinados na hora do debate pelo mediador, por sorteio. O último bloco foi destinado para as considerações finais de cada candidato.

Os candidatos tiveram 30 segundos para formular as perguntas, 2 minutos para as respostas, 1 minuto e 15 segundos para réplica e 1 minuto e 15 segundos para tréplica. No quinto e último bloco, cada candidato teve 2 minutos para fazer as considerações finais.

O candidato do Governo, João Azevedo, como único nome situacionista cumpriu seu papel sem se afastar um milímetro na defesa do legado de Ricardo Coutinho expondo projetos para a fase seguinte, por isso mesmo foi o mais questionado, sobretudo pelos candidatos Maranhão e Lucélio.

Todos questionaram os índices de violência, o nível da saúde, educação, etc sempre tendo resposta à altura dos ataques. Mostrou preparo e desempenho discursivo consolidado.

O ponto alto do enfrentamento entre os candidatos de Oposição se deu quando Lucélio acusou Maranhão de estar sendo obrigado a devolver mais de R$ 1 milhão de aposentadoria, no que foi rebatido na bucha pelo senador negando deslizes.

Mas Maranhão foi para ao ataque como defesa, ao cobrar de Lucélio explicações para o Caso da Lagoa atualmente em segredo de justiça tratando de acusações sobre a obra na extração de lamas. “Vocês devem explicações sobre estas lamas”.

Maranhão resolveu poupar Lucélio, diferentemente do que o candidato do PV fez lhe atacando porque na essência estava seu interesse de desestabilizar Maranhão para ir ao segundo turno.

No caso do senador, ele trabalhou com estratégia de quem age agora como quem quer e trabalha já na hipótese de estar no segundo turno daí querer poupar para atrair o apoio do concorrente.

Maranhão, aliás, se posicionou com a postura de quem está seguro e preparado para os desafios.

Candidato do PSL. Tárcio Teixeira foi o candidato com perfil ideológico mais à esquerda questionando a tudo e a todos de forma contundente mas respeitosa.

Nas considerações, finais, Lucéio Cartaxo disse que “ aeleição é rumo de caminhos e nós iremos pedir o voto a você no 43, para que no próximo domingo a gente possa olhar para o futuro, a esperança” .

“Nós temos aqui dois candidatos que já tiveram sua oportunidade. Um governou por 10 anos e os problemas continuam de maneira muito forte no estado, o outro representa um governo que está encerrando um ciclo de 8 anos. Nós queremos a oportunidade para fazer mais, olhar para o futuro, não olhar para o passado. Vou fazer o governo próximo das pessoas, vou fazer um governo para os 223 municípios. O menor município vai ter o mesmo valor do maior município. Ser um governador presente, não vou fazer política de gabinete. Minha força de vontade, da minha determinação, da minha experiência política. Estou preparado, para fazer mais pela população. Entre as questões políticas e as questões de interesse maior da população, iremos optar sempre pelo interesse maior da população”

Em sua vez de se despedir dos telespectadores, José Maranhão disse que vou fazer um governo para o desenvolvimento econômico e social da Paraíba.

“Vamos acabar com esse clima de insegurança pública, isso não pode continuar na Paraíba, sobretudo no governo que ainda candidato prometia resolver isso aí em meses. Essa questão continua cada vez mais grave, a segurança é importante, mas é importante também restabelecer a paridade dos militares que ao se aposentarem perdem quase 50% de sua remuneração, de seu soldo. Não só os militares, mas os civis também. Vamos trabalhar pelo desenvolvimento da Paraíba. Quando deixei o governo, no final do governo, saí com aprovação de 86%, sendo considerado à época o governador que teve maior aprovação do seu estado. Vamos cuidar da saúde para as coisas fluírem naturalmente nos consultórios, nos ambulatórios e nos internamentos hospitalares, e não um paciente ficar com a perna quebrada, com o fêmur quebrado, esperando quatro, cinco meses no sofrimento que, às vezes, leva ao óbito. Queremos melhorar essa situação e vamos acabar também com a excrescência que está matando sobretudo as pequenas e médias empresas, a cobrança antecipada do imposto. 

Em suas considerações finais, João Azevedo disse que “diferentemente de um discurso raivoso, ele achva que o seu discurso era de esperança”.

“É ter certeza que essa Paraíba construída até agora, essa nova Paraíba pelo companheiro Ricardo Coutinho, ela terá continuidade a partir de 2019. Eu quero ser governador, sim, porque eu sei que é possível implementar o Saúde Já, o programa de urgência e emergência para todo estado. Porque eu sei que é impossível construir o Centro de Convenções de Campina Grande, eu sei sim que é possível implantar o VLT lá em Campina Grande, eu sei sim que é possível implantar o Giramundo na UEPB, eu sei que será possível implantar o Primeira Chance, que é um programa que vai gerar emprego para os alunos que saem das 47 escolas técnicas que nós implantamos. Eu sei sim que é possível implementar dois novos batalhões e duas áreas de segurança integrada nesse estado, eu sei que é possível sim implementar programas de parceria para mobilidade urbana para fazer as obras que muitas vezes governos incompetentes, como os de João Pessoa e Campina Grande, não fazem pela sua cidade. Eu sei sim que é possível continuar avançando e mudando a vida de tantas pessoas. Ao povo da Paraíba, eu peço humildemente, vamos dar continuidade”, disse.

Nas considerações finais, Tárcio falou da experiência que foi esta campanha.

“Tenho muita alegria de fazer parte da coligação "construir o poder popular" com os companheiros do PCB, da UP, e Psol. De ter Adjane Simplício como companheira e amiga, de ter Guilherme Boulos e Sonia Guajajara como os nossos candidatos a Presidente da República no 50. De poder votar no 50 para deputados e deputadas estaduais e federal. De ter a certeza de que, assim como nós, você quer essa transformação”. 

 

PB Agora

 


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