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Barbosa deverá ser novo ponto de tensão entre Campos e Marina

 A candidata a vice na chapa do socialista Eduardo Campos, Marina Silva, não concorda que o PSB faça um novo convite de filiação ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, que anunciou que irá se aposentar em um mês.

Segundo interlocutores da Rede, apesar de Eduardo Campos já ter explicitado o desejo, Marina defende a tese de que o convite seria uma “confusão de funções” e alimentaria o argumento de petistas de que Barbosa atuou politicamente no julgamento da Ação Penal 470, conhecida como o processo do mensalão.

Esta é mais uma das divergências de Marina com o PSB que já conta com problemas de articulação política para formação do palanque em São Paulo e no Rio de Janeiro. Em São Paulo, Marina tem feito oposição à aliança defendida por socialistas paulistas com o governador Geraldo Alckmin (PSDB).

No Rio, Marina se colocou contrária à ligação de Eduardo Campos com a candidatura ao governo do deputado federal Anthony Garotinho, que se mostrou disposto a romper com a presidente Dilma Rousseff para montar o palanque de Campos. Neste caso, Marina defende a união com Miro Teixeira do PROS que também deseja se candidatar ao governo do Rio de Janeiro.

Para o PSB, Barbosa, mesmo sem ter condições legais de se candidatar, poderia fortalecer o palanque de Campos no Rio de Janeiro, onde o ministro conta com grande aprovação. Recentemente, por meio do deputado Romário, o PSB chegou a fazer um convite ao ministro.

Integrantes do partido não descartam a possibilidade de sondá-lo novamente e afirmam que o convite já feito ainda está valendo, basta uma sinalização do próprio Barbosa de que estaria disposto a entrar na campanha.

Campos não esconde o desejo de ter Barbosa nos quadros do PSB. “No caso dele pensar em se filiar a algum partido, com certeza teremos amigos em comum que haverão de aproximá-lo do partido”, disse Eduardo Campos ao comentar o anúncio de aposentadoria feito por Barbosa.

“Ele ainda está como presidente do Supremo Tribunal Federal. No dia seguinte em que ele deixar o Supremo é que começa a possibilidade de se conversar”, disse o pré-candidato.

Já integrantes da Rede argumentam que este assunto já foi discutido em diversas reuniões e que um novo convite enfrentaria oposição dos quadros ligados à Marina.

 

IG

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