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Áudios da PF indicam pagamento de propina a amigo de Michel Temer

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o acesso da Comissão de Ética Pública da Presidência da República ao inquérito da Odebrecht que investiga o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Minas e Energia).

No inquérito, concluído na última semana e enviado ao Supremo, a PF diz haver indícios da prática dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro por parte de Temer, Padilha e Moreira Franco. A investigação tem origem na delação de executivos da Odebrecht, que afirmaram ter repassado recursos ilícitos da empreiteira para os emedebistas como contrapartida ao atendimento de interesses da empresa pela Secretaria de Aviação Civil.

No caso do presidente Temer, a PF mapeou a entrega de R$ 1,4 milhão para João Baptista Lima Filho, o coronel Lima, amigo do emedebista. Para sustentar a tese, a PF ouviu o doleiro Alvaro Novis, dono da Hoya Corretora e responsável pelas entregas, e anexou conversas de telefone em que o próprio Lima aparece conversando com os entregadores de dinheiro nos dias dos repasses citados pelos delatores.

Em um dos áudios, Lima pergunta a Márcio José Freira do Amaral, funcionário da Hoya Corretora, se haveria novos repasses de dinheiro. “Tem alguma previsão para mais alguma coisa ou não?”, questiona Lima. “Não, ainda não tenho informação nenhuma”, diz Amaral.

No mesmo telefonema, o funcionário questiona Lima se as três “reuniões” haviam sido realizadas corretamente. “Tudo bem, tudo bem. A última, a da sexta-feira, em que foi entregue aí ao Silva as ‘atas’, elas não foram iguais às ‘atas’ anteriores, né? Ficou um pouco abaixo”, respondeu Lima. “É, um pouquinho abaixo, porque o número era quebrado”, explicou o funcionário. “Tá certo”, afirmou Lima.

Em outra conversa, também entre o coronel e um funcionário da Hoya, o amigo de Temer fala sobre a entrega de valores. Essa ligação para a empresa do doleiro se deu às 10h25 de 19 de março de 2014. Cerca de uma hora depois, às 11h35, Lima ligou para um celular em nome de Temer, e dois minutos depois de falar com presidente, às 11h37, Lima recebeu outra ligação da empresa do doleiros responsável pelas entregas de valores.

Para o Palácio do Planalto, a investigação “se mostra a mais absoluta perseguição ao presidente Temer, ofendendo aos princípios mais elementares da conexão entre causa e efeito”. O ministro Moreira Franco diz que não solicitou valores à Odebrecht. Padilha não comentou o relatório da PF.

Kassab tem bens bloqueados

O juiz José Gomes Jardim Neto, da 9ª Vara da Fazenda Pública da Capital, abriu ação de improbidade contra o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Gilberto Kassab (PSD), e determinou o bloqueio de R$ 21 milhões. Ele é investigado por suposto repasse do valor da Odebrecht via caixa 2 entre 2008 e 2014. Na ação, a Promotoria requereu a indisponibilidade de R$ 85 milhões, equivalentes a três vezes o valor supostamente pago ao ex-prefeito de São Paulo (2006-2012). No entanto, o juiz deferiu parcialmente a medida cautelar. A ação foi movida com base em acordo da Odebrecht com a Promotoria de São Paulo em que a empreiteira se dispõe a indenizar os cofres do município sem correção e multa em 22 anos ou ter essa quantia descontada de futuras obras públicas com a Prefeitura da capital. O escritório Bottini & Tamasauskas Advogados, que representa Kassab, informou que vai recorrer ao Tribunal de Justiça de São P

 

Redação

 


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