O presidente da Associação Paraibana do Ministério Público, João Arlindo, manifestou em entrevista ao PB Agora, na tarde desta segunda-feira, sua revolta pela decisão do colégio de procuradores de vetar a participação de promotores como candidatos ao cargo de Procurador Geral de Justiça. “É um retrocesso absurdo, no momento em que a democracia tem avançado em todas os segmentos do Brasil, nas últimas décadas”, desabafou Arlindo.
Para o dirigente classista, mais do que frustrar toda uma categoria que aspira a possibilidade de também participar do processo eleitoral na Procuradoria Geral do Estado, a decisão dos procuradores, na manhã desta segunda-feira, é uma péssima sinalização sobre o nível político em que está inserido o Ministério Público da Paraíba. Segundo JOão Arlindo, a Associação que ele representa respeita a decisão, mas questiona como é possível se retroceder em pleno regime democrático dessa forma.
Fazendo um parâmetro, João Arlindo compara a decisão dos procuradores a um quadro surreal no Brasil, em que as eleições diretas deixassem de existir e se decidisse pela volta do abominável colégio eleitoral no Congresso Nacional. “O mais irônico é que, em sua missão, o promotor é um defensor da democracia para os outros, mas não tem condições de usufruir do mesmo processo internamente, em sua carreira profissional”, lamenta o presidente da Associação Paraibana do Ministério Público, ao registrar que a base do MP no Estado pode votar, mas não pode ser votada.
PB Agora