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Assessor do Ministro do Turismo é preso pela PF em caso dos laranjas do PSL

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira, (27/6), contra um assessor especial e dois ex-assessores do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, no âmbito das investigações sobre os laranjas do PSL na eleição de 2018. Em março deste ano, surgiu denúncias de que o PSL teria produzido candidata laranja na Paraíba que recebeu R$ 201 mil.

Mateus Von Rondon Martins foi preso em casa, em Brasília. Ele ocupa o cargo de assessor especial do Ministro do Turismo desde 23 de janeiro de 2019. Além da capital federal, os mandados de busca e apreensão e prisão temporária também estão sendo cumpridos em Minas Gerais.

A operação batizada de Sufrágio Ostentação investiga os suspeitos pelos crimes de falsidade ideológica eleitoral, emprego ilícito do fundo eleitoral e associação criminosa. De acordo com a Polícia Federal, o partido teria repassado recursos de financiamento de campanha de forma irregular a candidatas.

Denúncias

Em abril, uma integrante do PSL em Minas Gerais disse que o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, teria lhe chamado pessoalmente para ser uma candidata laranja na eleição de 2018 com o intuito de completar o mínimo de vagas da cota feminina.

De acordo com Zuleide Oliveira, de 41 anos, o compromisso era de que ela devolvesse ao partido parte do dinheiro público do fundo eleitoral. O ministro do Turismo respondeu a acusação dizendo que não se lembrava do episódio.

PARAÍBA  – Ilmara Morais. Nome, de certa forma, desconhecido no cenário político da Paraíba. Ela foi candidata a deputada estadual pelo PSL nas eleições de 2018, onde alcançou 4.740 votos. Porém, o que chama atenção na candidatura da empresária de Patos, de 33 anos, é a grande quantia de recursos recebidas por ela provenientes dos Diretórios Estadual e Nacional do partido. Com isso, há indícios de que o PSL na Paraíba tenha produzido uma ‘candidatura laranja’, e Ilmara Morais foi a escolhida para ser a central dos recursos.

No total, Ilmara recebeu R$ 207,2 mil para sua campanha. Desse montante, R$ 177,9 mil veio do Diretório Estadual do PSL e R$ 24 mil do Diretório Nacional. Os valores repassados somente pelo partido representam 97,47% dos recursos obtidos por ela para toda campanha eleitoral. A candidata ainda recebeu R$ 3,6 mil de Julian Lemos (PSL), que foi eleito deputado federal, e R$ 1,5 mil de Lucélio Cartaxo, ex-candidato a governador.

A então candidata chegou a devolver recursos para o partido, serviu como uma espécie de “central” para repasse a outros candidatos nanicos do PSL no estado. Assim como comprou grande quantia de materiais gráficos há poucos dias da eleição, e apresentou contradições entre empresa e serviço contratado.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram gastos na campanha de Ilmara Morais R$ 100 mil apenas com “publicidade por adesivos”. Ela realizou oito pedidos no dia 4 de setembro de 2018, que giram entre R$ 900,00 e R$ 1.920,00. Entretanto, no dia 21 de setembro, ela realizou pedidos incompatíveis com os anteriores: um de R$ 27,1 mil e outro de quase R$ 22,9 mil. Os pedidos foram feitos, segundo o TSE, na empresa Bureau Digital Serviços Ltda. Os gastos nesta empresa representaram um total de 32% de seus recursos de campanha.

 

Redação

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