O senador paranaense Flávio Arns assinou nesta quinta-feira (1) a ficha de filiação ao PSDB. Ele deixou o PT dizendo sentir vergonha do partido por ter ajudado a arquivar os processos contra José Sarney (PMDB-AP) no Conselho de Ética. Arns diz estar preparado para a disputa caso o PT reivindique seu mandato junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A saída de Arns do PT foi tumultuada. A decisão foi anunciada na sessão em que foram arquivados os 11 processos contra o presidente do Senado com os votos de três senadores do PT. A decisão foi avalizada pelo presidente do partido, Ricardo Berzoini (SP). Arns não concordou com a medida e disse sentir vergonha do partido. “O partido pegou a folha da ética e jogou no lixo”, disse Arns na época.
A escolha pelo PSDB foi tomada após o convite de diversos partidos. Arns pertencia ao partido antes de se filiar ao PT. Sua saída do ninho tucano se deveu também a questões éticas. Ainda no governo Fernando Henrique Cardoso, Arns, ainda deputado, assinou o pedido de uma CPI para investigar corrupção na administração contra a orientação do PSDB. Por este motivo, ele acabou deixando o partido.
Agora, ele diz que o PSDB mudou. “Neste momento estou absolutamente certo que o PSDB amadureceu e tem uma perspectiva diferente”.
Arns afirmou ter conversado com várias lideranças do PSDB antes da filiação, inclusive os governadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG), que disputam a indicação do partido para disputar a presidência da República. “Essas pessoas tem a bandeira da transparência e da ética”, disse o novo tucano.
Ele disse estar preparado para uma disputa na justiça caso o PT decida pedir seu mandato no TSE. Ele afirmou que seu mandato se deve aos “movimentos sociais” e não ao partido.
G1