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Análise: oposição aposta em racha entre RC e João, mas governistas garantem que há unidade

Dividir para conquistar – “Divide et impera” ou “Divide et Vinces” – é um clássico nas estratégias de guerra para enfraquecer e subjugar os povos, adversários e inimigos. O termo, embora já  conhecido na antiguidade, foi cunhado por Júlio César em seu livro  “De Bello Gallico” (Guerra das Gálias), que explicou como a vitória romana na guerra gaulesa era essencialmente para uma política de “dividir” seus inimigos, aliar-se com tribos individuais durante suas disputas com adversários locais.

A Paraíba passou por esses momentos, quando os colonizadores franceses, holandeses e portugueses utilizaram as forças nativas, no caso em pauta os Potiguara contra os Tabajara; uma nação contra a outra, a fim de enfraquecer possíveis focos de resistências e alavancar sua respectivas “glórias”. E assim foi feito aqui e alhures. Noutros cantos do nosso mundinho fechado também.

E no presente. Como está a Paraíba? Bem, não vou citar as personagens históricas do momento. Ficaria enfadonho, embora o próprio preâmbulo tenha sido de certo ponto “dispendioso”, embora necessário para a construção do texto.

Pois bem; explicações efetivadas, entendo que o papel da oposição política na Assembleia Legislativa da Paraíba tem seu fundamento basilar na fiscalização do Executivo. Estou falando numa das mais importantes atribuições do Parlamento. E seu eixo está correto: dividir para conquistar espaços.  

Esse é um paradigma que pode ser posto numa grande maquina do tempo e mostrar, em passagens históricas, que grandes nomes como Alexandre, Saladino, César, Napoleão e Maquiavel seguiram um tratado militar escrito durante o século IV a.C. pelo estrategista conhecido como Sun Tzu. E ele ainda é hoje utilizado nos mais variados campos das ciências acadêmicas e nas observações empíricas.

É sabido que a oposição na ALPB está de “butuca”. Como Sun Tzu. Espera, ela, um estremecimento concreto entre o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) e o atual, João Azevêdo, da mesma sigla partidária. Os “antagonistas” apenas almejam uma possível divisão do grupo para buscar “nacos” de votos e apoios políticos. E isso é legitimo.

Cabe à bancada de situação mostrar esforços para evitar um racha. Um possível “cisma” se configurará em um “sismo”, cuja magnitude, medida na escala “Escala Richter”, possa ser irreversível para atual gestão. 

Avariar por completo as estruturas do governo não seria interessante para a Paraíba. E oposição e situação sabem disso. Prova maior é que, após uma saraivada de comentários em desfavor a Ricardo Coutinho, ao se reportar ao G10 como um grupo duvidoso que “subdivide”, imediatamente os bombeiros das chamuscas governista entraram em ação. O “outro” lado só observou.

Vozes ecoantes como a deputada estadual Cida Ramos (PSB) entendem que uma divisão seria salutar para a oposição, o que estancaria a tramitação de algumas matérias importantes para o governo na Casa de Epitácio Pessoa, havendo uma ruptura de um projeto político exitoso que foi iniciado há mais de 8 anos. Daí seu compromisso, e de outros, para com a atual com a atual gestão. 

O fato é que, visões opostas no ter no “ter”, “a ver” e “haver” à condução política do projeto socialista, muitas especulações, factóides e fake news foram paridas. Mas a verdade está nos fatos. O diálogo entre João Azevêdo de Ricardo Coutinho. E a posição, como um grande felino, espera a separação do “rebanho” para tentar pegar um “desgarrado” ou “desgarrada”.

Não havendo o racha, a oposição continuará seu papel e, claro, a bancada governista seguindo o seu. Como se diz: cada um no seu quadrado. O resto é pura especulação.  

Mas é bom que se diga: a oposição está de olho nos fatos e fotos do Palácio da Redenção. E isso é legítimo. Cabe ao governo seguir o script combinado entre aquele que saiu e o que entrou, ajustes na base governista na ALPB,  pois 2020 se avizinham e o povo quer resultados, não retórica.

Por fim, há uma receita aparentemente simples: o governo deve (e tem) que governar para a sociedade, pois naturalmente o “Fogo no Monturo“  será debelado. Só não entende tal equação os que não desejam entender. 

 

Eliabe Castor
PB Agora

 


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