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Análise: na reta final da campanha, prefeito de Alhandra tenta botar passado em branco, mas termina abastecendo oposição

Não adianta culpar a justiça pelo indeferimento do registro de candidatura quando, na verdade, os candidatos não fizeram o dever de casa e agora apenas sofrem as consequências das decisões adotadas por eles próprios. A justiça apenas mostra que ninguém deve ficar impune pelas irregularidades que comete, sobretudo com o erário público.

Nestas eleições, na cidade de Alhandra, litoral Sul da Paraíba, o atual prefeito Renato Mendes (DEM) é um dos que provam do próprio veneno. Foi contaminado por aderir a velhas práticas e agora tenta passar o passado em branco.

Sem conseguir escapar do martelo da justiça, renunciou ao direito de disputar a reeleição e agora age como se depositasse a esperança na curta memória do eleitorado adotando ‘a tela em branco’ como alternativa.

Contudo, até as eleições, não será a memória do eleitorado curta, e sim o tempo de campanha, onde os adversários aproveitarão para massificar no imaginário do eleitor o porquê de o atual prefeito estar impedido judicialmente de disputar a reeleição.

Pelo entendimento da justiça, Mendes não é ficha limpa. Acabou sendo alvo três impugnações do registro de candidatura, todas com base nessa lei. O registro dele foi contestado pelo Ministério Público Eleitoral, pelo PSOL e pela coligação “Plantando Esperança”, composta por PL, PP e MDP. Todos pediam que o registro de candidatura dele fosse negado com base em condenações judiciais acumuladas pelo prefeito.

Até de porte ilegal de arma Renato Mendes foi acusado, sem contar ter sido condenado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), por irregularidades em prestação de contas, e pelo Tribunal de Justiça da Paraíba, por improbidade administrativa.

A ficha é extensa e é um prato cheio para oposição, que acabou ganhando um fôlego nessa reta final da campanha.

ALÉM DA QUEDA, O COICE

Após ter o registro de candidatura indeferido para disputar a reeleição, o gestor também teve frustrado pela 3ª Câmara Cível, assinada pelo desembargador Marcos Cavalcanti, o pedido de antecipação de tutela provisória recursal, na última segunda-feira (26), em matéria relacionada a irregularidades na prestação de contas de um convênio celebrado com a Secretaria de Saúde da Paraíba.

VEJA DECISÃO  – > Decisão(4)

O PLANO B

Restou a Mendes o Plano B para passar para Branco a missão de convencer o eleitorado que o poder deve continuar na família Mendes. O deputado estadual Branco Mendes (Podemos) entrou na disputa pela prefeitura de Alhandra, no litoral sul da Paraíba. Ele substitui o sobrinho, Renato Mendes.

Branco Mendes foi vereador e presidente da Câmara Municipal de Alhandra, prefeito por dois mandatos, sendo que em 2000, ano de sua reeleição como prefeito, obteve 86% dos votos do eleitorado de Alhandra. Como deputado estadual, cumpre atualmente o quarto mandato.

Márcia Dias

PB Agora

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