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ANÁLISE: governador precisa pôr o pé no bucho de Waldson e Livânia, para não se tornar conivente

A menos que queira fazer-se conivente com o crime (caso se confirmem as denúncias contra a Cruz Vermelha), o que parece mais prudente ao governador João Azevedo, desde já, seria chamar ao gabinete os secretários Waldson de Sousa e Livânia Farias e por o pé no bucho: “Se vocês têm algo a ver com isso, peçam exoneração, para não manchar a minha gestão.

Porque, do contrário, se tudo for confirmado, ao mais evidente indício eu serei o primeiro a exonerá-los e pedir a prisão de vocês”.

(Veja análise em vídeo. Versão em texto continua após o video)

Sobretudo depois que o desembargador Ricardo Vital determinou busca e apreensões em apartamentos de Waldson e Livânia, o melhor mesmo para todos seria os dois auxiliares do governo terem a grandeza de pedir afastamento, pelo menos até que tudo fique devidamente esclarecido. E se, de fato, têm algum grau de culpa, pedir exoneração definitivamente.

Estranho

Não se pode condenar os dois auxiliares do governo, sem que antes fique comprovada qualquer culpa, é claro. Mas depois de tantos indícios, pelo menos pedir afastamento parece ser prudente e confortável para um governo que está apenas começando.

E como ficou estranho aquela notícia de última hora dando conta de que o desembargador Vital teria retificado os termos da ordem para fazer busca e apreensão nos aps de Waldson e Livânia. No primeiro texto, o magistrado havia dito que Waldson recebia um mensalão de R$ 30 mil, segundo o noticiado; no conserto, a afirmação foi retirada.

Não ficou claro se a retificação foi depois das notícias, ou se a imprensa teria optado pelo pior, mesmo sabendo que o conserto já teria sido feito.

Fantástico

Eu juro que na noite de domingo fiquei com cara de tacho.

Cara de tacho, dizia a minha avó paterna, Mamãe Mocinha, é cara de decepção; cara de “ah, é, é?!”

Passei quase toda a semana esperando pela tão anunciada bomba que seria detonada no programa Fantástico, da Rede Globo, com efeitos devastadores na Paraíba, sobre a Operação Calvário. Tava com a língua coçando, e me preparava para a primeira grande “tesourada” desde que comecei a trabalhar aqui no PBAgora.

Aprontei tudo: do café com tareco, à presença da família e até da cadela Lôla, para assistir o estrondo. E, claro, de caneta em punho para anotar o mais importante e comentar aqui.

Pelo que circulou no zap zap e em alguns blogs e portais da Paraíba, esperava-se ver até imagens das famosas caixas de dinheiro que a ex-primeira-dama Pâmela Bório, dizia ter visto na residência oficial do governador, quando era casada com ele.

Nada, zero bala, como a gente diz lá em Serraria, minha terra querida.

No tocante à Paraíba, no máximo apareceu um ex-auxiliar do governo, já exonerado, supostamente ligado à secretária Livânia Farias, que recebeu num hotel uma caixa de vinho, supostamente cheia de dinheiro vivo. A reportagem não explicou nem se era grana mesmo e, muito menos, onde foi parar aquela caixa. Os nomes de Livânia e Waldson de Souza, nem de longe foram mencionados.

Ao que parece, setores da imprensa estimulados pela oposição ao governo dimensionaram demais a tal reportagem, prometendo uma montanha, que terminou parindo um rato morto e fedorento.

Aliás, para os famosos padrões globais, a reportagem foi pra lá de mal feita: superficial e sem arremate convincente.

 

Wellington Farias

 


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