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Análise: PSB da PB corre risco de extinção pelos desacertos dos líderes

A guerra interna do PSB na Paraíba parece não ter fim, pondo a legenda em risco de “nanismo” naquela que já foi a agremiação partidária com maior poder político do estado. Primeiro surgiu todo o imbróglio da comissão provisória que rachou o partido, pondo o ex-governador Ricardo Coutinho de um lado e seu sucessor, João Azevêdo do outro.

A colisão dos líderes afetou as estruturas do partido socialista, que deve diminuir em tamanho e força política com a saída do governador João Azevêdo da sigla. Sua desfiliação deverá acorrer ainda este mês, provocando o chamado “efeito dominó”, no qual lideranças do partido acompanharão aquele que hoje ocupa o Palácio da Redenção.

É fato que a “hecatombe” já foi devastadora para o partido, mas pode piorar após a fala do presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira, ao indicar o deputado federal Gervásio Maia para disputar a prefeitura de João Pessoa em 2020. Ecos já foram ouvidos, como a deputada estadual Cida Ramos que, mesmo polida em sua fala, afirmou que tudo será decidido quando a hora correta chegar, e as discussões passarão pelos diretórios estadual e municipal do PSB.

O problema central da questão reside na falta de comunicação; ou comunicação interna escolhida a dedo dentro das hostes socialistas, dificultando uma unidade que possa estancar a sangria que hoje debilita o PSB paraibano.

E nesse caldo complexo de desatinos e desacertos, o ex-governador Ricardo Coutinho terá que tomar decisões rápidas, assertivas e efetivas, caso contrário não só a sigla corre perigo de “extinção”, mas todo um projeto político iniciado desde 2005, quando ele assumiu a prefeitura da Capital.

E por falar na Capital, é preciso entender a “função” estratégica dos socialistas no que diz respeito a vencer as eleições em João Pessoa, caso o partido nutra o desejo de novamente crescer. Sem o governo do Estado na mão, e não havendo êxito na disputa pelo principal colégio eleitoral da Paraíba, o PSB, que já foi gigante, pode se tornar nanico em decorrência de uma antropofagia interna quase inconcebível para líderes políticos tão experientes.

Eliabe Castor
PB Agora

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