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Análise: ALPB termina seu primeiro semestre em consonância com Executivo

Foto: Keicy Victor

O primeiro semestre da Assembleia Legislativa foi um teste de fogo para o governador João Azevêdo. Não se sabia, ao certo, como a Casa seria “movimentada” após o findar do governo Ricardo Coutinho. Muitos apostavam numa ruptura ou graves tensões entre o Executivo e Legislativo. E realmente o início do período legislativo começou, de certa forma, “rebelde” e “anárquico”.

Após o presidente da Casa, Adriano Galdino (PSB), romper um acordo com seu companheiro de sigla partidária, Hervázio Bezerra, que o colocaria na presidência do Parlamento no segundo biênio, João Azevêdo foi, de certa forma, desafiado. E mais: seu antecessor, Ricardo Coutinho, também da mesma agremiação, e responsável pela costura do projeto, foi surpreendido, gerando forte mal-estar entre os socialistas.

Passado alguns meses, feridas cicatrizadas, a boa desenvoltura do governo de João Azevêdo, somado aos gestos diplomáticos entre o gestor e o presidente da Casa de Epitácio Pessoa, o clima de paz e harmonia ficou estabelecido entre os poderes. Mesmo a oposição, de forma responsável, tratou as pautas governistas de maneira assertiva, livre do ranço da velha política dos “coronéis”.

É certo que Azevêdo não contava com certas turbulências no seu vôo rumo ao crescimento do Estado. Um grupo intitulado G 10 surgiu no horizonte do governador, deixando claro que, embora governista, teria certa autonomia em relação ao Palácio da Redenção.

A princípio, houve a incerteza, pois o Executivo, no seu “histórico” de governar, estava centrado em dois blocos. O da oposição e outro da situação. E assim vagaram incerteza mil no trilho do “trem das onze”. E aí veio o refrão duvidoso e eternizado pelo mágico da garoa, Adoniran Barbosa.

Todos apostavam na letra: “Não posso ficar/Nem mais um minuto com você/Sinto muito amor/Mas não pode ser…”. Mas o fato concreto é que João Azevêdo, em gestos conciliadores com Adriano Galdino, e os parlamentares do G10, fecharam acordo e a nave governista planou em céu de brigadeiro por todo o primeiro semestre parlamentar.

E no observar mais atento das movimentações políticas, prevaleceu o espírito republicano, no qual há a paridade entre os poderes. É constitucional, portanto, legítimo a não subserviência. As votações transcorreram em clima de debates, porém, amistosos e responsáveis, exceto fatos de beligerância isolados entre o parlamentar “daqui”, outro “dacolá”. Em resumo, a sociedade paraibana ganhou com esse alinhamento.

Alinhamento sem vassalos, feudos, ou qualquer outra forma de poder que pudesse colocar em trono supremo alguém de forma absolutista. Venceu o diálogo e, bem aos anos sessenta, tudo ficou na paz e no amor, dentro das respectivas responsabilidades de cada um, é claro!

PARLATÓRIO

Felipe Leitão “emplaca” projeto que impede a cobrança da taxa de religação da água para consumidores de baixa renda

O deputado estadual Felipe Leitão (DEM) conseguiu emplacar um projeto importante quase no “apagar das luzes” da Assembleia Legislativa. Por maioria, sua propositura foi respaldada pela Casa. A matéria versa sobre a não cobrança da taxa de religação hoje aplicada pela Cagepa, nas residências cujo fornecimento de água foi cortado por inadimplência.
Detalhe: o dispositivo beneficia, apenas, aqueles consumidores de baixa renda e não onera, na interpretação do parlamentar, os cofres públicos do Estado. O dispositivo será encaminhado ao governador João Azevêdo, a fim de vetar ou conceder o benefício.

São João é festa no interior para os políticos. Foco é 2020 e redes sociais

Findados os trabalhos na Assembleia Legislativa e nas câmaras municipais, além do Congresso, tem início o périplo dos agentes políticos em suas bases eleitorais. Aí vale tudo. Desde dançar forró com a “boneca de Querrenca” até convencer um pacifista a usar uma arma na cintura.

Mas os políticos sabem que não basta saltar a fogueira ou dançar quadrilha. Aliás, tudo que eles não querem é aproximação com “quadrilheiros” em época de grampos de mensagens.

A julgar pelas eleições presidenciais, a maioria tem a noção exata que as redes sociais são vitais para uma boa desenvoltura no próximo pleito, ou daqueles que apoiam. Só é bom observar que um número expressivo de “likes” não significa, necessariamente, em um grande número de votos nas urnas. Em resumo: a política dever ser realizada de forma analógica e virtual. Uma depende da outra.

Quem disse?!

“Os políticos não conhecem nem o ódio, nem o amor. São conduzidos pelo interesse e não pelo sentimento.”

Philip Chesterfield

Eliabe Castor
PB Agora

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