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Advogado anuncia que deixará defesa do presidente Michel Temer

 O advogado Antônio Mariz de Oliveira informou que deixará a defesa do presidente Michel Temer. A decisão veio após a Câmara dos Deputados receber, na quinta-feira (21), do Supremo Tribunal Federal, a nova denúncia contra o presidente apresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR).

 

O advogado alega que deixará a defesa do presidente por questões éticas, porque já atuou na defesa do doleiro Lúcio Funaro, e que, por isso, recebeu informações dele relacionadas à nova denúncia contra Temer.

 

Funaro afirmou ter “certeza” que Temer recebia propina paga no esquema na Caixa Econômica Federal e envolvia políticos do PMDB. Além disso, afirmou que o advogado José Yunes, amigo e ex-assessor do presidente, era um dos responsáveis por administrar as propinas supostamente pagas ao presidente e por fazer o “branqueamento” dos valores.

 

De acordo com ele, para lavar o dinheiro e disfarçar a origem, Yunes investia os valores ilícitos em sua incorporadora imobiliária.

 

Em resposta, o Palácio do Planalto declarou: “É uma mentira absoluta. O presidente contesta de forma categórica qualquer envolvimento de seu nome em negócios escusos.”

 

A Presidência da República afirmou que Funaro “mais uma vez desinforma as autoridades” e que todos os imóveis do presidente Michel Temer foram comprados de forma “lícita”.

 

Os depoimentos de Lúcio Funaro ao Ministério Público Federal (MPF) foram utilizados pela Procuradoria Geral da República na segunda denúncia apresentada contra Temer, por organização criminosa e obstrução de Justiça.

 

A Corte só poderá analisar a acusação se a Câmara autorizar. A votação pode acontecer em outubro, segundo estimou o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

 

Assim como na primeira denúncia oferecida contra Temer, por corrupção passiva, caberá à Câmara dos Deputados decidir se autoriza ou não a continuidade do processo ao Supremo.

 

Se a denúncia seguir para o STF e os ministros decidirem aceitá-la, Temer se tornará réu e será afastado do mandato por até 180 dias.

 

Mas, para a acusação da PGR contra o presidente seguir para a Corte, são necessários os votos de, no mínimo, 2/3 dos deputados, ou seja, 342 dos 513.

 

Se a Câmara não der aval ao prosseguimento do processo, a denúncia ficará parada até o fim do mandato de Temer, em 31 de dezembro de 2018.

 

 

G1

 

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