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A palavra de Cícero

Um mérito é preciso ser dado ao senador Cícero Lucena. Ele se inseriu no processo de disputa ao governo do Estado em 2010. Coisa que não se via cinco meses atrás. Tanto que a resposta do senador tucano é esperada com ansiedade por toda classe política da Paraíba. Mesmo sem obter musculatura eleitoral que o coloque como candidato competitivo, Cícero chama para si a atenção de quem acha que ele pode “atrapalhar” ou “fortalecer” uma candidatura.

O próprio processo revela que até bem pouco tempo a expectativa da Paraíba inteira recai sobre o ex-governador Cássio Cunha Lima. Agora, as pessoas querem saber apenas se Cícero vai renunciar, manter candidatura própria ou se aliar a Maranhão.

Cássio, que manteve um silêncio público perturbador nestes meses todos, agiu estrategicamente. Devagarzinho, foi ouvindo um a um da base. Colheu o que queria da maioria, ou seja, a tese de aliança com o prefeito Ricardo Coutinho, mais forte eleitoralmente. E convenceu parte da minoria. Entre eles, o suplente de senador Carlos Dunga (PTB), que saiu da reunião com Cássio pensando em assumir um mandato no Senado com possível saída de Cícero para um ministério em eventual governo Serra.

A palavra de ordem é a de sempre: sobrevivência do grupo. E não tem essa história de dizer que a aliança é suicida porque Ricardo vai trair lá na frente. Cássio não parece estar fechando um contrato a longo prazo. É uma relação momentânea, circunstancial, onde cada uma das partes se obriga a garantir a outra benefícios mútuos.

Sem day after. Ricardo quer ser governador. E Cássio senador, garantindo ainda mandato para todo o seu grupo. Para isso, acha que precisa de um candidato competitivo e com bala na agulha. Nada de discutir 2012, 2014. Não tem espaço pra isso. Cada qual vai pegar o seu quinhão e ser feliz.

Caberá a Cícero analisar se tem alguma cláusula que o beneficie.

É isso que Cássio vai tentar mostrar ao senador na reunião desta semana. 

 

 

 

Dois gigantes – A Paraíba está ficando mesmo de cabeça virada. Duvida? Então explique o que faziam os gigantes da comunicação Eduardo Carlos, dono do Jornal da Paraíba e TV Cabo Branco, e o superintendente do Sistema Correio da Paraíba, Alexandre Jubert, num almoço de duas horas no Bargaço?

Na pauta, segundo os garçons que serviram os dois, o silêncio sobre a licitação da comunicação no Estado. E ainda a garantia de centenas de assinaturas do Jornal da Paraíba para escolas públicas estaduais de todo o Estado.

 

Acertou – O senador Efraim Morais (DEM) foi o primeiro paraibano no Senado a se pronunciar a favor da liberação de propaganda eleitoral na Interne no período de campanha. Entendeu, por tabela, que não há como beneficiar jornais e discriminar sites e portais. Merece aplausos de todos nós. 
 

Pensando bem – Armando Abílio, do PTB, e Luiz Couto, do PT, vão sobrar na curva.  


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