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A disputa para o Senado

Os números da pesquisa do Instituto Opinião sobre a disputa pelas duas vagas para senador, em 2010, apresentam um “raio X” do momento da cabeça do eleitorado paraibano. Em linhas gerais, os resultados confirmam preferências, despontam surpresas e sinalizam claramente uma realidade: a mais de um ano para se iniciar a corrida, um universo considerável de indecisos se resguarda para se manifestar mais proximamente ao pleito.

A consagração do nome do ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB) como primeiro colocado na preferência do eleitorado, com 23,7% das citações, não chega a ser uma novidade. Na pesquisa estimulada, o índice sobe para 38,4%. Com mais de seis anos consecutivos no mandato de governador, Cássio deixou o Palácio da Redenção com altos índices de aprovação e, ironicamente, a cassação não se constituiu para ele, do ponto de vista eleitoral, um prejuízo. Muito pelo contrário.

Já sentindo uma onda de solidariedade nas ruas, reverberando o que já vinha acontecendo em forma de mensagens para o celular, emails e telefonemas, desde a cassação em 17 de fevereiro último, Cássio Cunha Lima dá sinais de que mantém um patrimônio eleitoral considerável, possivelmente ampliado por conta de um fato interessante: o TSE o transformou numa “vítima”. E o povo, ao final das contas, tende a manifestar irrestrita solidariedade àqueles que são vitimizados pelos poderosos.

A surpresa

Na parte da pesquisa que trata de resposta espontânea e múltipla, o nome do prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital do Rêgo (PMDB), surge como a grande surpresa. Embora bem distante do primeiro colocado, Cássio, o “cabeludo” desponta como segundo colocado, com 9,3%. Na estimulada, Vené sobe para 22,8%.

Sem nunca ter colocado o nome na disputa, o filho de Vital do Rêgo mostrou uma surpreendente musculatura na rodada de consultas.

Outra surpresa, nas respostas espontâneas: a “ressureição” do nome do ex-senador Ney Suassuna (PMDB). Ele fica na quarta colocação (5,0%), tendo à sua frente o senador Efraim Morais (5,3%). Ney deixa para trás os deputados federais Vitalzinho (PMDB), Luiz Couto (PT), Wellington Roberto (PR) e Wilson Santiago (PMDB). Último citado, o senador Roberto Cavalcanti (PRB) é lembrado por apenas 0,7% dos entrevistados.

Efraim e Cavalcanti

Patinando na terceira colocação, tanto na espontânea (5,3%) como na estimulada (15,1%), o senador Efraim Morais mostra que está na disputa, alcançando maior preferência (20,8%) dentro do eleitorado que ganha de 3 a 5 salários mínimos.

A preço de hoje, o senador Roberto Cavalcanti está rifado da disputa, com seus 0,7% na espontânea e 2,2% na estimulada. Reforça a velha tese: o Sistema Correio tem um grande poder de corrosão de nomes, mas mostra-se frágil para construir candidaturas.

Indecisos

Impressionante, ainda, é o elevado número de indecisos sobre as eleições para o Senado. Na média geral, 69,7%. O eleitorado feminino lidera o índice dos que ainda não definiram nomes para a disputa.

É um sinal de alerta para quem está despontando em relação aos adversários. E também uma boa notícia para quem ainda quer construir candidaturas


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