A imprudência de motoristas já causou quatro colisões com trens na Grande João Pessoa este ano, de acordo com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que registrou sete acidentes. Além das quatro colisões também ocorreram dois atropelamentos e um descarrilamento. Não houve óbitos. No ano passado, a CBTU registrou nove ocorrências, sendo cinco atropelamentos e quatro colisões. Destes, houve uma morte por atropelamento. A principal causa das ocorrências é a falta de atenção e cuidado por parte dos motoristas.
“Os motoristas não obedecem à sinalização exigida por lei, as placas indicativas de segurança ‘pare, olhe e escute’, instaladas nos cruzamentos rodoferroviários, também conhecidos como Passagem de Nível (PN). Muitos cruzam a via com veículos fechados, com som alto e não prestam atenção. Quando eles veem, o trem já está se aproximando e por mais que o maquinista aplique os freios normais e de emergência, o trem não para de imediato e acaba alcançando o veículo”, diz a nota enviada pela assessoria de comunicação da CBTU.
Ainda segundo a entidade, as Passagens de Nível com maiores índices de acidentes são: Escola Normal, em Santa Rita; Praça e Rua Engenheiro de Carvalho (Bayeux); Jacaré e Ferryboat (Cabedelo).
Segundo moradores na Rua Engenheiro de Carvalho, em Bayeux. No cruzamento com a linha férrea, o fluxo de carros é intenso e constante. A comerciante Célia Galvão, que há 30 anos mantém uma lojinha de frutas na esquina do cruzamento, contou que já presenciou um acidente no local.
“Uma vez o trem pegou um carro, saiu arrastando. Agora melhorou porque tem um rapaz que fica com uma bandeira quando o trem vai passar, se não, acho que essa minha barraca nem existiria mais. Mas só tem desse lado, do outro lado deveria ter também”, comentou referindo-se ao cruzamento da linha férrea com a Rua Petrônio Figueiredo, na outra esquina.
Redação
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