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Traficantes presos na ‘Operação liberdade’ tinham parentes na PB

Quatro traficantes são presos em operação da Denarc no RN e CE. Paulistas tinham parentes e comparsas na Paraíba

 

Quatro traficantes foram presos neste fim de semana, durante a Operação Liberdade, desencadeada pela Delegacia de Narcóticos de Natal (Denarc). A operação aconteceu nas cidades de Parnamirim, Mossoró e Patu, no Rio Grande do Norte, e em Fortaleza, no Ceará.

Segundo os investigadores da Denarc, a “Operação Liberdade” fechou a ação repressiva ao bando de paulistas que trazia drogas para o RN tendo como pontos de distribuição Parnamirim, Natal e as cidades de Patu e Mossoró, com conexão na cidade Bomsucesso, na Paraíba, onde alguns dos investigados têm parentes e comparsas de tráfico de drogas.

De acordo com a polícia, os presos fazem parte da organização criminosa desbaratada no dia 1º de agosto, quando cinco homens foram presos e 6,4 quilos de cocaína pula e um quilo de pasta base foram apreendidos. O bando tinha um laboratório para o refino de droga na praia de Búzios. As prisões são resultado de dois meses de investigação. A quadrilha trazia três tipos de droga, cocaína, crack e maconha, de São Paulo para distribuir em território potiguar.

O cerco contra a quadrilha interestadual começou a ser fechado no dia 1° com a prisão de Fabiano Lima dos Santos e Nailton Ferreira da Silva, apontados como transportadores da droga, conhecidos no mundo do crime como “mulas”. Ambos foram presos em Parnamirim carregando a droga na carroceria de uma camioneta GM D-20, modelo Bonanza, cor verde, veículo pertencente a Pedro Paulo de Araújo, que também foi preso. Ele é apontado como distribuidor. Na mesma ação foram presos outros dois integrantes do bando, Alexandre de Paiva e Neil Ioung Vanderley de Lima.

Na segunda etapa da ação repressiva, intitulada “Operação Liberdade”, a polícia prendeu no dia 13, em Mossoró e Patu, Francisco Everaldo de Oliveira, o “Negrão”, e Josemar dos Santos, o “Baía”, respectivamente. Em poder do primeiro, foram apreendidos 50 gramas de crack, um veículo VW/Pólo, cor prata, pertencente à Josemar Santos, além de documentos que confirmam a relação de negócios escusos com o bando.

Na manhã do dia 14, num trabalho ininterrupto, foi preso na Praia do Futuro, em Fortaleza, Marcelo Pedro da Silva, o “Pinta”, 29 anos. Ele fugiu de Natalno dia seguinte da prisão dos comparsas. “Quando soube da prisão dos comparsas paulistas e do comprador local ele fugiu”, disse o delegado Odilon Teodósio, titular da Denarc. O acusado estava num carro VW Gol de cor branca. Foi abandonado pelo bando uma 750 cilindradas num lava-jato em Parnamirim.

Outro preso foi Luciano Cruz da Silva, o “Preto”, 33 anos. Ele foi detido no barro Bela Vista, em Parnamirim, na posse de um quadriciclo, um GM Vectra e as chaves de uma casa situada no Distrito de Cajupiranga, imóvel onde boa parte dos associados ao tráfico se juntavam para dar andamento ao tráfico de drogas na região. Este último imóvel estava todo mobiliado com móveis novos financiados por “Preto”. Lá foram apreendidos documentos que “expõem os negócios escusos dele e seus associados”.

Para o delegado Geral da Polícia Civil, Elias Nobre, o combate ao tráfico de drogas “é uma prioridade”. O secretário da Segurança Pública e da Defesa Social, desembargador Cristóvam Praxedes, explicou que a “Operação Liberdade” foi realizada paralelamente a outra operação policial desencadeada em Grossos e Areia Branca, no mesmo final de semana, e que resultou na prisão de 11 traficantes. Esse fato, segundo o secretário, demonstra a atual boa capacidade operacional e de infra-estrutura das forças policiais. “Vamos continuar firmes com esse trabalho de combate ao tráfico em todo o RN”, disse.

Homicídio

No curso da investigação, a polícia identificou que um dos membros do bando, identificado como “Júnior da Película” foi assassinado em Parnamirim.O crime que pode ter sido fruto de acertos de conta entre os bandidos.

Outro detalhe investigativo vindo à tona é que os associados para o tráfico começaram a firmar seus negócios em encontros que tinham numa determinada Pousada de Parnamirim e nu lava-jato que fica próximo ao Cemitério de Parnamirim, depois transferindo os pontos de encontro para uma casa na Praia de Búzios e outra no Distrito de Cajupiranga, tudo com apoio logístico dos associados Pedro Paulo, Luciano Cris e Júnior da Película. A troca de esconderijos seria uma forma de dificultar o trabalho da polícia.
 

 

Tribuna do Norte

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