A Justiça do Paraná autorizou a transferência do estudante suspeito de matar o cartunista Glauco e seu filho, Raoni, para a presídio de segurança-máxima de Catanduvas (PR). Carlos Eduardo Nunes, o Cadu, está preso desde o dia 14 de março na sede da Polícia Federal em Foz do Iguaçu. Ele foi detido após entrar em confronto com agentes próximo à fronteira com o Paraguai.
A autorização foi dada pelo juiz federal substituto da 2ª Vara Criminal em Foz do Iguaçu, Mateus de Freitas Cavalcanti Costa, e atende pedido da PF. Apesar de haver vaga no presídio, ainda não há definição quanto a data em que o rapaz será transferido.
De acordo com a assessoria de imprensa da Justiça Federal, o juiz afirmou que não há a necessidade de o jovem ser transferido para uma prisão em São Paulo, estado onde os assassinatos ocorreram.
O crime
Glauco e Raoni levaram quatro tiros cada um na madrugada do dia 12 de março. O cartunista estava em casa com a família, no mesmo terreno onde fica a Igreja Céu de Maria, da doutrina do Santo Daime e que era frequentada por Cadu.
De acordo com a polícia, o plano de Cadu era levar Glauco até a casa de sua mãe para ele convencê-la de que o irmão dele seria o Cristo reencarnado. Na casa do cartunista, Cadu ameaçou atirar em Glauco diante de sua recusa em seguir com ele. Com a confusão, Raoni chegou ao local e houve uma discussão. Foi quando o suspeito atirou nas duas vítimas.
Após os disparos, Cadu ficou escondido na mata próxima à casa do cartunista até o início da manhã seguinte. Segundo o rastreamento de seu telefone celular, ele tentou se aproximar da casa da família outras duas vezes.
Na manhã de domingo (14), pegou um ônibus e depois roubou um carro na Vila Sônia, Zona Oeste de São Paulo. Depois, seguiu para Foz do Iguaçu, no Paraná, onde tentou fugir para o Paraguai. Na fuga, ele resistiu à abordagem da Polícia Rodoviária Federal. Uma hora depois, atirou em um policial federal que tentou pará-lo na Ponte da Amizade.
G1