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Psicólogos falam sobre o combate à violência contra os idosos; JP registra uma média de 15 denúncias por dia

Imagem Ilustrativa

Com a proximidade do dia15 de junho quando é comemorado o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa. A data foi instituída em 2006 pela Organização das Nações Unidas (ONU). O portal ouviu os psicólogos (Ligia Gubert e Fabrício Oliveira), que destacam que a violência contra o idoso pode acontecer de diversas formas, desde agressões físicas até golpes financeiros, atos de preconceito e negligências afetivas.

Na Paraíba, segundo a delegada Vera Lucia, da Delegacia Especializada no Atendimento ao Idoso na capital, há uma média, de 15 denúncias por dia. De acordo com Ligia Gubert, a violência pode ocorrer de diversas formas – física, psicológica, patrimonial, etc. – e é importante denunciar ao Disque 100, para que os equipamentos de assistência possam ser acionados.

Questionada sobre quais seriam as principais violências psicológicas praticadas contra a pessoa idosa? Ela respondeu: “A violência psicológica se caracteriza por condutas como humilhação, constrangimento, isolamento, chantagem, ameaças, entre outros, que causam danos emocionais, sofrimento psíquico e diminuição da autoestima; porém são diversas as violências que podem desencadear em prejuízo à saúde psicológica, tais como violência física, patrimonial, abandono e negligência, sendo esta última a mais recorrente”, disse.

A psicóloga, destacou ainda que dentro da tipificação nacional de serviços socioassistenciais estão previstos espaços de socialização e orientações acerca dos direitos sociais, promovendo a convivência e o fortalecimento de vínculos familiar e comunitário, serviços estes que estão vinculados aos CRAS [Centro de Referência em Assistência Social] dos municípios. “Entretanto, quando a pessoa idosa tem algum de seus direitos violados, passa a receber atendimento através das equipes dos CREAS [Centro de Referência Especializada em Assistência Social], ressaltando que, na maioria das vezes, estes atendimentos se dão no domicílio, devido à dificuldade de locomoção até os equipamentos. Importante destacar que a intervenção deve se estender também ao cuidador e aos familiares da pessoa idosa, com objetivo de amenizar e cessar situações de violência que agravam o grau de dependência deste público. Um fator que dificulta a atuação do profissional é que dificilmente o idoso assume que esteja sendo vítima de algum tipo de violência, visto que a maioria dos casos acontece no âmbito familiar e são praticados por companheiros, filhos, netos, cuidador ou parentes próximos, o que causa medo e vergonha para fazer a denúncia. A violência leva à solidão e ao isolamento, podendo desenvolver um quadro depressivo grave”, afirmou.

Segundo Fabrício Oliveira, o dia 15 tem a finalidade de fazer com que os jovens reflitam sobre o processo de envelhecer e acabem com os estereótipos e preconceitos contra a pessoa idosa. “A velhofobia (medo de envelhecer) ainda é bem marcante nas mulheres e, principalmente, nas adolescentes que têm em seus conceitos uma velhice triste de doenças, incapacidades e limitações”, disse.

Da Redação

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