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Pedofilia na internet: delegado dá dicas de como proteger seus filhos e fala das penas para quem pratica crime

Imagem ilustrativa

Um dos maiores temores de pais, em todo o mundo, é que seus filhos fiquem à mercê de quem possa lhes fazer mal. Não é à toa: desde a popularização da internet, o tempo gasto por crianças e adolescentes navegando pelas redes preocupa os adultos. E esse receio faz todo o sentido, especialmente, nos dias atuais. Segundo informações da Polícia Federal, houve um grande aumento no número de denúncias dos crimes de pedofilia na internet durante a pandemia, já que, com o isolamento social, o número de horas que crianças e jovens passam online cresceu muito. Para falar sobre esse tema, foi ouvido o delegado Joames Oliveira, delegado titular da Delegacia Especializada em Crimes Cibernéticos, em João Pessoa, que deu dicas de como proteger seus filhos e das penas para quem pratica tal crime.

Segundo delegado, uma criança vítima desse abuso, muda de comportamento, não quer ir a determinado local ou ficar sozinha com uma determinada pessoa. Esses são alguns indícios de que ela está sofrendo maus-tratos, podendo ser de ordem sexual ou física. Ele lembra também que o estupro envolvendo menores de 8 a 15 anos é o crime de maior repercussão no Código Penal.

Recentemente um caso de pedofilia, chocou a Paraíba, em Cajazeiras, envolvendo um professor de dança, 39 anos, preso como suspeito de fotografar e filmar crianças entre 11 e 15 anos em cenas pornográficas e vender as imagens armazenadas para pedófilos de outros estados e até outros países. “Se o agressor for organizado, digamos assim, se estudou sobre a aplicação do método, é igual a ensinar a criança a brincar, estudar, ler. Ela não vai perceber que está sofrendo abuso”, lembrou o delegado.

Joames Oliveira salientou, que não precisa ser pai, mãe ou parente para denunciar qualquer indício de prática de pedofilia ou violência contra a criança. “Um vizinho, professor ou qualquer outra pessoa que perceber ou tiver indício do crime pode procurar as Delegacias Distritais para fazer a queixa. Se preferir o anonimato, pode acionar o Disque 100, que é um canal de denúncia relacionado ao abuso sexual infantil; ou ligar para o 197, número da Polícia Civil em que a denúncia é encaminhada à delegacia para ser apurada”, afirmou.

Dicas de como prevenir?

Os pais podem estabelecer limite de uso da internet durante o dia, fixar horários para navegação nas redes sociais ou jogos virtuais ou, ainda, ativar filtro para triagem de sites que podem ou não podem ser acessados, por exemplo. No entanto, o mais importante é manter um diálogo aberto e honesto com seus filhos. As crianças e, principalmente, os adolescentes não reagem bem quando têm sua liberdade restringida e, a internet, é uma realidade que faz parte da vida deles desde o nascimento. Dessa maneira, alguns hábitos são fundamentais:

• Demonstre interesse nas atividades que seus filhos exercem na internet e peça que eles mostrem o que costumam “curtir” ao navegar pela rede, mas sem tom autoritário ou preconceituoso;
• O bom e velho “Não converse com estranhos” vale para o mundo virtual também. Oriente seus filhos a não interagirem com quem não conhecem, nem divulgar dados pessoais, especialmente imagens;
• Peça que seus filhos ensinem a você aquilo que aprenderam na internet. É uma ótima maneira de estreitar vínculos, ao mesmo tempo em que você conhece melhor os mecanismos da internet e o que atrai os jovens na web;
• Converse com outros pais e, se possível, com a escola a respeito desse assunto.

Da Redação

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