Sem a presença do ministro da Economia, Paulo Guedes, que havia confirmado presença mas desistiu de comparecer nesta terça-feira, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara decidiu por maioria não ouvir o secretário da Previdência, Rogério Marinho. Marinho foi indicado por Paulo Guedes para substituí-lo na audiência sobre a reforma da Previdência. Ele ouviu críticas de deputados à decisão do ministro.
A oposição condenou a desistência de Guedes e propõe a convocação do ministro, o que torna sua presença obrigatória. Os oposicionistas conseguiram reunir 23 assinaturas para forçar a votação do requerimento. Eles alegam que o governo descumpriu acordo feito na reunião que aprovou o convite (nesse caso a presença não é obrigatória). Inicialmente, adversários do presidente Jair Bolsonaro queriam votar a convocação dele. Mas abriu mão da proposta após governistas assumirem o compromisso de que ele compareceria à CCJ.
Guedes afirma que vai à CCJ, mas somente depois que for escolhido o relator. O líder do governo na Câmara, Major Victor Hugo (PSL-GO), defendeu o ministro. "Não houve de forma alguma desrespeito por parte do ministro, que entendeu que seria mais proveitosa a vinda do ministro aqui para que pudéssemos discutir após a definição da relatoria", afirmou.
O presidente da comissão, Felipe Francischini (PSL-PR), adiou na semana passada a escolha da relatoria, segundo ele, até o ambiente político melhorar. Nos últimos dias o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) fez críticas ao presidente Jair Bolsonaro e ao seu governo, que, de acordo o deputado, não tem projeto para o país nem sabe construir uma base parlamentar. Bolsonaro respondeu que a responsabilidade pela reforma, agora, é do Congresso.
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