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Mais de 30% das ligações para o Ciop são trotes

Os trotes representam mais de 30% das ligações recebidas pelo Centro Integrado de Operações Policiais (Ciop) através dos números 190 (Polícia Militar) e 193 (Corpo de Bombeiros) e continuam sendo entraves para o perfeito funcionamento do serviço de emergência. As crianças são as que mais praticam o trote.

 

Em média, são recebidas 7.200 ligações por dia, um total de 216 mil por mês, das quais apenas 3,75% correspondem a ocorrências policiais. Além dos trotes, os pedidos de informações sobre serviços do Estado, consulta de números telefônicos, auxílio psicológico e até mesmo tentativas de bate-papo com os operadores são exemplos corriqueiros de mau uso do Ciop.

 

"A população precisa se conscientizar que o 190 é um serviço exclusivo para emergência e não pode ser utilizado para outros fins. Enquanto uma pessoa ocupa a linha com um trote, um cidadão pode estar do outro lado necessitando de ajuda e apoio da polícia”, explicou o coordenador do Ciop, coronel João Erivaldo de Pontes.

 

Segundo ele, outro problema comum é a falta de informação do usuário no momento de solicitar o serviço. "Ao fazer o chamado para o Ciop, algumas pessoas têm dificuldades de informar o endereço exato da ocorrência, ou sofrem com a falta de sinalização no local. Tudo isso atrasa o atendimento da equipe que precisa atender ao chamado com eficácia e presteza”, explicou o coordenador.

 

Crime – É importante lembrar que trote é crime e as penalidades estão previstas nos artigos 265, 266 e 340 do Código Penal Brasileiro. Em caso de perturbação do serviço telefônico, impedindo ou dificultando o restabelecimento, a pena varia de um a três anos de detenção e multa. Havendo atentado contra a segurança, prejudicando o serviço público, a pena é mais grave, variando de um a cinco anos de reclusão e multa. E quando houver comunicação falsa de crime ou contravenção, a pena é de um a seis meses de detenção ou multa.

 

Investimentos – O Ciop funciona desde 2003 atendendo às principais cidades da Região Metropolitana de João Pessoa. Para melhorar o teleatendimento, desde 2011 a Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social tem investido em melhorias no setor. A quantidade de operadores e cabines de atendimento foi aumentada em 50%. Houve ainda o reforço na equipe de operadores de rádio.

 

"Também fizemos mudanças na central telefônica, para que o processo de escaneamento, ou seja, a busca por uma linha desocupada no sistema, se torne mais rápido e eficaz. Tudo para reduzir o tempo-resposta do atendimento à população”, disse o coronel Pontes.

 

Assessoria

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