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Mãe de menino de três anos denuncia que filho foi abusado por pediatra; já são quatro denúncias

Uma nova denúncia que complica ainda mais o pediatra paraibano. A mãe de um menino de três anos denunciou o pediatra acusado de estuprar crianças. O novo inquérito soma quatro vítimas.

Segundo a mãe, o seu filho foi abusado pelo médico pediatra Fernando Cunha Lima, acusado de uma série de estupros de crianças. Segundo a defesa das vítimas, a mãe do menino foi ouvida nesta quinta-feira (5), na Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Infância e Juventude. A denúncia é a quarta no novo inquérito policial contra o médico.

 

De acordo com o advogado o novo inquérito policial já conta com a denúncia de quatro vítimas sendo duas crianças, com sete e três anos de idade, uma mulher que teria sido abusada quando tinha nove anos, em meados da década de noventa, e a quadrinista Thaís Gualberto, de trinta e oito anos, sobrinha da esposa do médico. Segundo ela, o abuso aconteceu quando ela tinha 7 anos de idade.

As vítimas que teriam sofrido abusos durante a infância e hoje são adultas constam no processo apenas como testemunhas, tendo em vista a prescrição do crime.

O médico pediatra investigado por estuprar crianças, em João Pessoa, atendia a maioria das vítimas desde bebês e tinha a confiança das famílias. Fernando Paredes Cunha Lima é um pediatra famoso na capital paraibana e tinha uma clínica particular no bairro de Tambauzinho.

Uma nova vítima do pediatra Fernando Cunha Lima, acusado de abuso sexual infantil, foi ouvida pela Polícia esta semana. A quadrinista Thaís Gualberto é sobrinha da esposa do médico. Segundo ela, o abuso aconteceu quando tinha 7 anos de idade. Hoje ela tem 38 anos.

Thaís disse que denunciar depois de tanto tempo o abuso que sofreu para encorajar outras vítimas a fazer o mesmo. Ela prestou depoimento na Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Infância e Juventude.

“É como se eu tivesse me libertado de um segredo muito antigo, mas eu acho que o mais importante é estar do lado das outras vítimas nesse momento. Por mais que o crime do qual fui vítima já tenha prescrito, é o que posso fazer para que outras vítimas se sintam um pouco mais seguras em denunciar”, desabafou.

Além da sobrinha da esposa de Fernando Cunha Lima, duas outras sobrinhas do médico pediatra também relataram ter sofrido abusos quando eram crianças. Porém, como o crime já prescreveu, elas vão atuar como testemunhas no processo.

Em uma série de depoimentos dados à Polícia Civil, as mães narram que os abusos aconteciam dentro do consultório, com as vítimas em cima de uma maca, quando o médico obstruía a visão delas ou fazia a ausculta do pulmão das crianças.

A Justiça aceitou no último dia 26 de agosto, a denúncia do Ministério Público e tornou réu o pediatra Fernando Paredes Cunha Lima, acusado de abuso sexual infantil, mas negou a prisão preventiva do médico, solicitada pela polícia.

De acordo com a decisão do juiz José Guedes Cavalcanti Neto, a prisão preventiva de Fernando Cunha Lima não foi aprovada porque as suspeitas levantadas contra ele se caracterizam como “indício suficiente de autoria” e, por se tratarem de indícios, não contam como provas concretas e aniquilam a representação por prisão preventiva.

Redação

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