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Janela de quarto onde mãe e filho foram carbonizados foi arrombada, diz laudo

 A janela do quarto onde mãe e filho foram encontrados carbonizados foi arrombada. Essa foi a conclusão mais importante resultante da perícia que o Corpo de Bombeiros fez na residência da doméstica Cleciana Gonçalves da Silva, de 25 anos, que morreu carbonizada, abraçada ao filho Mateus Figueiredo do Nascimento, de 3 anos, no dia 5 de fevereiro, no município de Aparecida, no Sertão, a 420 quilômetros de João Pessoa.

 

De acordo com o delegado Sylvio Rabello, que está investigando o caso, o arrombamento da janela é um fato novo e surpreendente. "Vamos anexar essas informações ao inquérito e já a partir da próxima semana estaremos ouvindo vizinhos e pessoas que estiveram no local no momento do incêndio", disse. Sylvio Rabello informou que a janela fica na lateral esquerda do quarto e dentro da casa.

 

O delegado disse também que a perícia informou que o fogo foi iniciado dentro do quarto onde mãe e filho estavam. Um fato intrigante, conforme o delegado, e que faz surgir um questionamento. Se o fogo começou no quarto, por que os dois não conseguiram sair e se salvar? Essa informação leva também, conforme o delegado, à conclusão de que os dois deveriam estar desacordados no momento em que o fogo começou.

 

Há também a possibilidade que será investigada de que o arrombamento da janela teria sido provocado por vizinhos que tentaram salvar as duas vítimas.

 

Sylvio Rabello disse ainda que o laudo do Corpo de Bombeiros concluiu também que as instalações elétricas da casa estavam em perfeitas condições, o que pode levar a crer que o fogo não teria sido provocado por curto circuito na rede elétrica.

 

"Mas isso não deixa de fora a probabilidade do incêndio ter sido provocado por algum equipamento eletrônico, porque como a destruição do cômodo foi grande, peritos não identificaram o que poderia ter causado o fogo, ou seja, a causa do incêndio continua indefinida", acrescentou.

 

Na próxima semana, o delegado irá ouvir vizinhos, conhecidos e as pessoas que presenciaram a ocorrência para tentar colher informações que possam ser importantes. "Queremos saber se alguém ouviu algum barulho estranho, se alguém esteve ou saiu da casa antes do incêndio, ou seja, qualquer coisa que possa ajudar nas investigações", revelou.

 

Outra coisa intrigante para o delegado Sylvio Rabello é o fato do fogo ter começado e ter destruído tudo de forma tão rápida, sem que as vítimas pudessem sair e se salvar ou sem que ninguém pudesse agir a tempo de salvar mãe e filho. O incêndio foi registrado num horário considerado cedo da noite, por volta das 20h, num momento em que todos as pessoas ainda estão acordadas.

Redação com Correio

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