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Crimes virtuais: o que são e como se prevenir? Especialistas alertam

Poucos sabem mais cerca de 62,2 milhões de brasileiros foram vítimas de crimes cibernéticos em 2017, os dados são do relatório anual Norton Cyber Security Insights. Já em 2018 a quantidade de denúncias de crimes na internet registrou uma alta de 109,5% em 2018, segundo a associação SaferNet Brasil. Tais dados foram comentados por especialistas que comentam o que são e dão decas de como recorrer, caso se torne uma vítima.

Entre os compradores virtuais no país, o prejuízo causado pelos delitos somente em 2017 foi de aproximadamente 71 bilhões de reais. Os números são alarmantes e, além do dano financeiro, outras áreas de vida da vítima podem ser atingidas, como o seu bem-estar emocional. Para compreender melhor como a legislação brasileira trata o tema, ouvimos Giovanna Sartório, advogada especializada em Direito Civil e Direito Processual Civil, bem como o tenente-coronel Arnaldo Sobrinho da Polícia Militar da Paraíba (especialista em crimes cibernéticos e coordenador do Centro Integrado de Operações Policiais – Ciop).

Segundo os especialistas o judiciário brasileiro entende por crime virtual todo ato típico, antijurídico e culpável, praticado na internet e meios eletrônicos. São três os tipos: puro, misto e comum. O crime virtual puro, compreende qualquer conduta ilícita que ataque o computador, tanto a parte física quanto o hardware.

Os crimes mistos são aqueles que se utilizam da internet para a prática delituosa e tem como fim algum bem da vítima, como por exemplo o roubo senha para acesso a informações confidenciais e realização de transações ilegais de valores.

Por fim, os crimes virtuais comuns são aqueles que se aproveitam da internet para a prática do crime, como por exemplo disseminar ofensas raciais. Os autores de tais crimes podem ser classificados como ativos e passivos. O exemplo, não apenas aquele que dissemina conteúdo pornográfico infantil é responsável pela prática do crime, mas o cidadão que simplesmente realiza o acesso, também está cometendo um crime.

Giovanna Sartório destaca que a legislação atual é efetiva. No entanto, por conta da velocidade com que a tecnologia se desenvolve, a identificação de novos crimes e o estabelecimento de previsões legais para combatê-los ficam rapidamente obsoletos, necessitando de uma renovação constante. Além disso, Giovanna destaca que ainda há a necessidade de melhores equipamentos eletrônicos e de mão-de-obra qualificada durante a fase investigativa.

Segundo o tenente-coronel Arnaldo Sobrinho a fraude também tem sido comum e ainda o crime de falsidade ideológica, mediante manutenção de perfis falsos. A emissão de falsos e-mails é uma realidade. Para identificá-los, de acordo com Arnaldo Sobrinho, é importante verificar que estes e-mails pedem para instalar dispositivos de segurança, baixar fotos, documentos ou algo similar. Entre os programas falsos, ele cita o conhecido cavalo de troia, que torna o computador vulnerável a ataques.

No país, revela o tenente-coronel Arnaldo, não há estatísticas precisas sobre as maiores incidências. Porém, estudos e pesquisas indicam que os maiores registros são de furto mediante fraude, estelionato, clonagem de cartão, ameaça e difamação. Para identificar os crimes virtuais, é necessário adotar algumas condutas, pois são considerados crimes comuns em que o autor faz uso da internet para praticá-lo.

DICAS PARA SE PROTEGER DE ATAQUES DE HACKERS

  1. Faça backups

O maior dano que os usuários podem enfrentar do ataque do um vírus do tipo “ransomware“, que bloqueia os arquivos até o pagamento de um resgate, é a perda de arquivos, incluindo fotos e documentos. A melhor proteção é salvar seus arquivos em um sistema completamente separado, como um hard drive (HD) que não está conectado à internet. Empresas em geral salvam cópias dos dados em servidores externos que não serão afetados no caso de um ataque à rede.

  1. Suspeite de e-mails que parecem familiares, mas podem não ser

Para contaminar os equipamentos com um vírus do tipo “ransomware”, os hackers precisam instalar um software no computador da vítima, que dá início ao ataque. A maneira mais comum é através de emails de phishing, anúncios maliciosos em sites e aplicativos e programas questionáveis.

É preciso ter cautela ao abrir emails ou sites que não são familiar, além de não fazer download de aplicativos que não tenham sido verificados por uma loja oficial. A sugestão também é ler revisão antes de instalar programas.

  1. Use um antivírus

Programas antivírus podem impedir que o vírus “ransomware” seja baixado em um computador e encontrar quando ele é baixado. A maioria dos programas consegue rever os arquivos para identificar se há vírus do tipo antes de baixar. Além disso, podem bloquear a instalação de arquivos secretos.

  1. Sempre faça atualizações

Os usuários devem ficar atentos às atualizações dos softwares para minimizar as vulnerabilidades e evitar a instalação desse tipo de vírus. Por isso, é preciso sempre baixar a versão mais recente de um software assim que ela estiver disponível.

  1. Não pague o resgate

Especialistas sugerem que as vítimas nunca paguem o resgate exigido pelos hackers. Por um lado, isso encoraja novos ataques e, por outro, não há garantia de que os arquivos serão recuperados.

  1. Verifique se o seu nome “vazou”

Uma das sugestões de especialistas é verificar se seu e-mail está em alguma lista de vazamento de dados circulando na rede. Segundo o especialista do Idec Rafael Zanatta, este deve ser o primeiro passo.

 

 

Redação

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