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Coordenador do Gaeco faz balanço anual sobre as ações de combate à corrupção na Paraíba e pede desculpas ao povo de Cabedelo

O promotor Octávio Paulo Neto, coordenador do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba (MPPB), apresentou ontem, em entrevista a imprensa da capital, um balanço das ações do órgão neste ano de 2018, revelando que foram realizadas 18 operações e a mais importante delas foi a Xeque-mate, no município de Cabedelo.

 

De acordo com o promotor, a Xeque-mate, deflagrada em 3 de abril, e que desvendou um esquema de corrupção na Prefeitura e na Câmara Municipal de Cabedelo, que causou mais de R$ 20 milhões de prejuízos à população, se desdobrou em quatro fases investigativas com o apoio da Polícia Federal (PF), e há outras etapas em curso, as quais ele não pode revelar.

 

Essa operação resultou na prisão do ex-prefeito Leto Viana (PRP), que renunciou ao mandato em 16 de outubro e o outros 10 pessoas, entre elas a ex-primeira-dama e vereador de Cabedelo, Jaqueline Jacqueline Monteiro França e o ex-presidente da Câmara, Lúcio José do Nascimento Araújo, ambos do PSL; e os vereadores Tércio de Figueiredo Dornelas Filho (PSL); Rosildo Pereira de Araújo Júnior, “Júnior Datele” (PEN) ; Antônio Bezerra do Vale Filho, “Antônio do Vale” (PRP) e de servidores públicos municipais. Além do afastamento imediato de outros vereadores, que até hoje não reassumiram o mandato.

 

O coordenador do Gaeco pediu desculpas ao povo de Cabedelo pela demora das investigações, que levaram mais de quatro anos para começar a surtir os efeitos desejados e conseguir desbaratar a quadrilha que atuava nos Poderes Executivo e Legislativo da Cidade, que resultou inclusive na compra do mandato do ex-prefeito, José Maria de Lucena Filho, o Luceninha, por R$ 5 milhões, para a quitação de dividas contraídas por ele na campanha eleitoral.

 

“Na verdade, temos que pedir desculpas a cidade de Cabedelo pela demora. Mas tudo acontece em seu tempo. A Justiça infelizmente é muito burocratizada, eu creio que o caso de Cabedelo e de outros municípios era para ter acontecido há mais tempo. Mas infelizmente não tínhamos maturidade institucional e legal”, declarou.

 

 

 

Redação

 


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