Postos de combustíveis, farmácias, residências, escolas e panificadoras. Os bandidos não têm dado trégua em Campina Grande, e vem promovendo verdadeiros arrastões em estabelecimentos comerciais da cidade.
Um dos segmentos alvo da ação dos marginais é o de panificadoras. A onda de violência chegou nas padarias assustando os proprietários e funcionários. Em menos de um mês, 15 panificadoras foram assaltadas na Rainha da Borborema. Em dois casos, o assalto terminou em assassinato.
O crescimento da violência dentro das panificadoras, tem preocupado a Associação dos Panificadores de Campina Grande. Na tarde de ontem, os proprietários de estabelecimentos se reuniram com o tenente coronel Souza Neto, comandante do 2º BPM, e com o Comando de Policiamento Regional I coronel Marcos Sobreira, a quem exigiram providências para reduzir a onda de assaltos.
O presidente do sindicato, Edvaldo Sousa disse que a situação está fora de controle e os funcionários estão trabalhando com medo. Muitos estabelecimentos estão fechando mais cedo com medo dos bandidos. A sensação de insegurança reina.
Durante a reunião, o coronel Sobreira garantiu que a Polícia Militar irá desenvolver um plano no sentido de tentar prender os assaltantes e diminuir as ações criminosas.
Os assaltos a panificadoras têm colocado em risco os proprietários, funcionários e clientes. No mês passado, o sargento reformado da Polícia Militar de João Pessoa, Noaldemir Alves Borges, 53 anos, foi morto em Campina Grande. O PM foi assassinado após reagir a um assalto a panificadora Rainha Cruzeiro, na avenida Almirante Barroso, no bairro do Cruzeiro.
Dias antes, o cliente de uma padaria, localizada no bairro Monte Santo em Campina Grande, reagiu a um assalto e matou o assaltante. Na mesma semana um assalto foi praticado na panificadora Mirante, e na ocasião, os bandidos roubaram a arma do vigilante. “Queremos trabalhar com segurança” clamou o presidente do sindicato que representa a categoria.
Severino Lopes
PBAgora
