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Acusado de mandar matar advogado na PB é executado em PE

 Cláudio Roberto Borges, mais conhecido por "Claudinho", foi executado por homens armados numa moto, ontem à noite, com vários disparos na frente da funerária do vereador e presidente da Câmara de Itambé.

 

Segundo informações do Blog "Pedras de Fogo News", o presidente do poder legislativo também foi atingido por disparos, mas até o momento não se sabe de seu estado. O fato aconteceu por volta das 18:30, enquanto Cláudio Roberto e o vereador Luiz conversavam descontraidamente na calçada do estabelecimento do vereador.

 

Claudinho, mesmo inocentado da acusação em julgamento no ano de 2015, continuava apontado como sendo um dos mandantes do assassinato do vice-presidente do Partido dos Trabalhadores, Manoel Mattos, em razão de recurso do MPF contra a sentença absolutória.

 

Mattos foi morto em 24 de janeiro de 2009, em Pitimbu, na Paraíba, a 100 quilômetros da capital, João Pessoa. O assassinato foi atribuído a suspeitos de integrar um grupo de extermínio do qual fariam parte policiais militares e civis e agentes penitenciários. Ao grupo são atribuídos mais de 200 assassinatos nos últimos dez anos. Mattos se tornou conhecido por denunciar os crimes praticados na divisa de Pernambuco com a Paraíba, região conhecida como “fronteira do medo”.

 

Mattos tornou-se conhecido por denunciar crimes dos grupos de extermínio, tendo colaborado, inclusive, com comissões parlamentares de inquérito, entre 2001 e 2007.

 

Seu assassinato ganhou destaque internacional. Em parte porque, sete anos antes, a Organização dos Estados Americanos (OEA) já tinha recomendado medidas cautelares para que o Estado brasileiro protegesse o advogado – que vinha recebendo ameaças de morte – e sua família. Ainda assim, pouco tempo depois, a escolta policial que o acompanhava foi suspensa.

 

O processo de Manoel Mattos foi o primeiro caso cuja apuração foi federalizada por meio do mecanismo jurídico denominado Incidente de Deslocamento de Competência, em vigor desde 2004, para combater crimes que envolvam grave violação dos direitos humanos.

 

O deslocamento da competência de julgar o caso – ou seja, a federalização do processo que, até então corria na Justiça paraibana – foi aprovado em outubro de 2010, pelo Superior Tribunal de Justiça. O pedido de federalização havia sido feito 18 meses antes, pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos, por meio da Procuradoria-Geral da República.

 

Redação

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