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Troféu Heitor Falcão, a parada obrigatória pra abastecer o cantil

A coluna hoje é sobre história e agradecimento.
Agradecimento ao colega jornalista Abelardo Jurema Filho, o mais festejado colunista social da Paraíba; uma criatura fantástica, de interessante história profissional, e também de uma comovente história familiar e de vida. Imortal da Academia Paraibana de Letras, Abelardo também é autor do único livro publicado no Brasil sobre o que foi e as consequências do golpe militar de 1964, do ponto de vista do filho de um exilado político: “Cesário Alvim, 27 – Histórias do Filho de um Exilado”. O seu pai, Abelardo Jurema, carinhosamente chamado de Abelardão, foi figura de proa naquele conturbado período da vida brasileira, na condição de ministro da Justiça de João Goulart.

Meu agradecimento a Abelardinho vem a propósito da deferência a este modesto profissional do jornalismo que, pela segunda vez, recebeu o troféu Heitor Falcão, um tipo de versão paraibana do Oscar, que este ano ganhou o nome de “Heitor Falcão Awards 2019”. A cerimônia desta premiação é um evento aguardado com muita expectativa. Detalhe: a cada ano, a festa se agiganta, em todos os sentidos: desde a importância da homenagem – que cresce na medida em que se faz histórica – até mesmo o aperfeiçoamento do design e a qualidade da peça em si, passando pela organização impecável. Desta vez, o palco foi o Paço dos Leões, a mais prestigiada casa de eventos da Capital.

Nas duas ocasiões em que recebi o Heitor Falcão, senti-me o mais homenageado de todos. Por uma simples razão: não pertenço aquele mundo de gente importante que há vinte e dois anos sobe ao palco para ser homenageada. Então, se ali estou, ou é por uma deferência muito especial de um cara que sempre me teve uma grande consideração (o que pra mim já basta, e como basta), ou por algum mérito profissional, ou as duas coisas. Portanto, é natural que eu me sinta mais homenageado que todos os outros.

Receber tal deferência agora também teve, para mim particularmente, um significado muito especial. Porque veio uma hora em que estou atravessando um deserto de sol não muito perverso, mas com o cantil pela metade e algumas demoradas léguas a percorrer. Nada que me assuste, porque sou talhado para as adversidades, e não nasci pra morrer de sede… Digamos que a homenagem, neste instante, foi um Oasis de parada obrigatória para reabastecer o cantil e renovar as minhas energias. E, como diria o grande Ibrahim Sued: “à demain, que vou em frente”.
No mais, foi bonita a festa, pa. Fiquei contente!

PS: Este ano, houve dois homenageados especiais: o membro da Academia Paraibana de Letras e dono do Sistema Correio de Comunicação, Roberto Cavalcanti, e a senhora Cremilde Pereira, viúva do professor Afonso Pereira.

A homenagem a Cremilde Pereira remeteu-me à minha adolescência, quando fui estudar no então Colégio Comercial Antônio Bento, um dos primeiros cursos ginasiais da região do Brejo, fundado na minha terra natal, Serraria.

Era um colégio vinculado à Fundação Padre Ibiapina, presidida pelo professor Afonso Pereira. Um estabelecimento de ensino de fundamental de importância para vários municípios; uma obra erguida a várias mãos, começando pelo saudoso desembargador (então juiz da Comarca de Serraria) Miguel Levino, e passando por Severino Cavalcante, serrariense por adoção (natural de Remígio), que na época era prefeito do município e cedeu o terreno para a construção do prédio.

 

Wellington Farias

PB Agora

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