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Trabalhadores rurais protestam em JP

Trabalhadores rurais ocupam Secretaria de Desenvolvimento Humano do estado



Cerca de 100 trabalhadores rurais ocuparam, na tarde de ontem (27), a Secretaria do Desenvolvimento Humano do Estado da Paraíba (SEDH) para pedir intervenção no conflito agrário entre posseiros do município de Rio Tinto e a falida Fábrica Rio Tinto. Depois de muita discussão, a secretária Cida Ramos assegurou que fica suspensa qualquer ação de despejo contra as famílias.

A secretária Cida Ramos já agendou uma reunião com o Ministério Público Federal, com participação do procurador da República, José Godoy, coronel Roberto, a diretora presidente da Companhia Estadual de Habitação Popular (CEHAP), Emília Lima, o deputado federal Luiz Couto, além do deputado estadual Frei Anastácio, para buscar uma solução. Ela garantiu que enquanto não for realizada essa reunião estão suspensas quaisquer ações de despejo

Segundo o deputado Estadual Frei Anastácio (PT), as famílias que estão na fazenda de 277 hectares, vivem há mais de 100 anos nas terras. “Os posseiros vivem há muitas gerações naquela área e a fábrica não tem o direito de uma hora para outra tirar essas famílias”, frisou o parlamentar. Além dos trabalhadores, estiveram na ocupação representantes da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e assessores do deputado federal Luiz Couto (PT).

Em reunião com a secretária Cida Ramos, os posseiros contaram que estão recebendo ordens de despejos individuais, principalmente os mais velhos para forçar a desmobilização dos trabalhadores. “É cruel o que uma fábrica falida quer fazer com esses trabalhadores, expulsar um a um, desrespeitando os direitos adquiridos pelos posseiros”, lamentou Frei Anastácio.

Segundo a CPT, existe um estudo antropológico em andamento sendo feito pelo Ministério Público e as informações preliminares podem trazer muitas novidades para esse caso. Por isso, a fábrica está agindo dessa forma para pressionar os posseiros. “Muitas coisas precisam ser esclarecidas e esse estudo pode trazer luz para essa questão. Enquanto não for concluído não pode haver qualquer ação de despejo”, concluiu Frei Anastácio.



Redação

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